Tablets desbancam desktops e lideram vendas no Brasil
Já é bem mais raro encontrar desktops, que vem perdendo cada vez mais espaço para os dispositivos móveis pelas suas praticidades e obviamente pela economia de espaço e mobilidade. Dados revelados pelo IDC vêm para reforçar o mesmo no Brasil: houve mais vendas de tablets do que de desktops ou notebooks já em 2013.
O preço baixo desses aparelhos é o principal motivo: atualmente, 60% dos tablets vendidos são modelos custando até R$ 500. Em comparação a um computador que custa, em média, três vezes esse valor, é fácil, prático e bem mais atrativo ter um destes.
Vale notar que o valor também teria sido parte do motivo para os tablets terem superado os computadores com um atraso de aproximadamente um ano em comparação a lá fora. Isso porque em 2012, o preço médio dos portáteis era de R$ 761; 50% acima do que o público do Brasil está disposto a gastar.
O tablet acabou se tornando, para muitos, o primeiro aparelho com capacidade computacional disponível para eles. “Esses tablets de entrada aceleram a inclusão digital no Brasil. Permite um dispositivo próprio às pessoas que acessam a internet.”, disse Pedro Hagge, analista da IDC.
Isso, de certa forma, também se reflete nas expectativas da IDC. Suas previsões indicam que os tablets ainda não vão ultrapassar a marca de computadores (notebooks e desktops juntos): ao fim de 2014, acredita-se que o Brasil termine com 11,1 milhões de tablets vendidos, contra 12,9 milhões de PCs – sendo destes 8,4 milhões de notebooks e 5 milhões de desktops).
Nesta troca gradual, apesar de um crescimento significativo, isso ainda não quer dizer que os tablets devem extinguir com o mercado de desktops tão cedo por aqui, principalmente por serem mais requisitados ainda para jogos e atividades que exigem mais potência dos mesmos.