Moreira Franco descarta privatização de Congonhas
"O Aeroporto de Congonhas tem uma infraestrutura saturada", disse o ministro. O empresário João Doria Junior, presidente do Lide, confrontou o ministro com os bons resultados dos aeroportos privatizados durante a Copa e perguntou a razão de não privatizar todos os demais.
"Você está tentando antecipar. Há um programa a ser seguido", explicou o ministro, emendando que, para São Paulo, a presidente Dilma Rousseff já disse que será construído um novo aeroporto. Mas, antes, disse Moreira Franco, "teremos de preparar a Infraero para conviver em um ambiente de concorrência. Precisamos criar novas alternativas para acompanhar o crescimento, mas fora dos grandes centros urbanos", disse.
Licitações
O ministro também disse que as licitações para aeroportos regionais já começam neste semestre e previu que, ao longo do primeiro semestre de 2015, os primeiros aeródromos serão construídos ou reformados.
Moreira Franco comentou a publicação no Diário Oficial da União da medida provisória que regulamenta a cessão de subsídios para passagens aéreas da Aviação Regional. De acordo com ele, o objetivo é garantir que cada brasileiro possa ter um aeroporto a menos de 100 quilômetros de distância da sua cidade.
"Temos 38% do consumo do País fora das grandes capitais e de cada dez brasileiros da classe média, seis estão no interior", disse Moreira Franco. "Queremos que esse pessoal use o modal aéreo", afirmou. O ministro reiterou que, na primeira etapa do programa, serão contemplados 270 aeroportos.
Transparência
O ministro também disse, ainda, que o total de recursos usados para subsidiar as passagens aéreas regionais poderão, se for necessário, ultrapassar o valor previsto inicialmente, de cerca de R$ 1 bilhão.
"A discussão que tivemos sobre isso lá na SAC é de que precisamos de transparência. Subsídio é uma ferramenta eficaz, desde que transparente", afirmou. No entanto, segundo ele, as subvenções serão avaliadas a cada dois anos e, se necessário, o valor poderá ou não ser aumentado. "A ideia é começar com R$ 1 bilhão e ir avaliando a cada dois anos", contou.