Jair Bolsonaro critica Ellen Page e diz que edição foi tendenciosa

Deputado participou do documentário "Gaycation" da atriz canadense

Jair Bolsonaro critica Ellen Page e diz que edição foi tendenciosa
Diário 24 Horas
Por Diário 24 Horas

O polêmico debate entre Jair Bolsonaro e atriz Ellen Page gravado para o documentário "Gaycation" continua rendendo na web. Após ver uma repercussão negativa de seus comentários, o deputado resolver se pronunciar e alegar que sofreu uma edição tendenciosa. O desabafado foi feito em entrevista cedida ao jornal O Dia.

O documentário tem o objetivo de mostrar como os homossexuais são tratados por diversas partes do mundo e a atriz esteve no Rio de Janeiro antes do Carnaval para conversar com o deputado. Bolsonaro explicou que a entrevista durou duas horas e foi descontraída.

"Abri o gabinete para ela me entrevistar, ela sorriu e ainda fez piada. Mas não é o que aparece na edição. Ela fez um trabalho 'porco', colocou a comunidade LGBT contra mim. Não sei por que esse coitadismo de LGBT. Não há homofobia no Brasil. Há muito mais mulheres que morrem no país. Não quero que morra ninguém", destacou.

Bolsonaro afirmou ainda que "quem quiser ser gay, que seja feliz", mas ele não aprova que as escolas ensinem sobre sexo às crianças. Desde 2013, o parlamentar se posiciona contra a educação sexual nos colégios. "As escolas têm que ensinar Biologia, Matemática, Português, e não sobre sexo, seja entre homossexuais ou heterossexuais. Quem ensina isso é a família", reforçou o deputado.

Bolsonaro é confrontado em documentário

Jair Bolsonaro e atriz Ellen Page travam debate polêmico sobre homofobia

Na cena, Ellen Page rebate um dos posicionamentos de Bolsonaro, no qual ele defendia que as famílias devessem bater nas crianças para "tirar" a homossexualidade. "Eu sou gay, então você acha que eu deveria ter apanhado quando criança para não ser gay agora?", quesionou Elle.

Bolsonaro disse que "não vai olhar para a cara" e dizer que é gay, porque para ele "não interessa". Em seguida, ele elogia a artista e ainda insinua que cantá-la na rua. "Se eu fosse cadete da Academia Militar das Agulhas Negras e te visse na rua, assobiaria para você", destacou.

Na entrevista, o deputado ainda explica que quando ele era jovem, "existiam poucos gays". Ele ainda atribuiu o possível crescimento na comunidade LGBT ao uso de drogas e à presença da mulher no mercado de trabalho. (IG)

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