Aeronáutica divulga novas informações sobre acidente da Chapecoense

Após a queda do avião que levava a delegação da Chapecoense até a Colômbia, onde disputariam, em Medellín, a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, as informações não poderiam ter sido mais trágicas: 75 mortos já estavam confirmados, ao passo que seis teriam sido socorridos com vida pela equipe de resgate que chegou no local às pressas. De acordo com novas informações sobre o caso, divulgadas diretamente pela equipe da Aeronáutica Civil (Aerocivil) da Colômbia, os únicos sobreviventes foram encontrados fora da fuselagem do avião, e isso quer dizer, em teoria, que as pessoas que ainda têm chance de sobreviver após o tratamento médico devem ter sido arremessadas para fora da aeronave, fato que as teria salvado, ao contrário das vítimas fatais, encontradas, em grande maioria, presas aos destroços.

O raio de destroços chegou a 500 metros, segundo as autoridades e a equipe de resgate, que está sob o comando da Aerocivil nas investigações. Até o momento, a caixa-preta ainda não foi localizada, mas uma equipe permanece na região para localizar o objeto de maior importância em situações como esta. Dos seis sobreviventes, dois estão em estado grave, segundo notícia repassada pelo presidente colombiano Juan Manuel Santos.

O clube, fundado há pouquíssimo tempo, mais precisamente em 1973, se preparava para disputar a final da competição contra o Atlético Nacional, justo após uma semifinal eletrizante contra o San Lorenzo, em que Danilo, goleiro do time brasileiro, fez uma defesa praticamente impossível com o pé, e chegou até mesmo a brincar depois, afirmando que contou com a sorte para garantir a vaga na final. Após a tragédia, o presidente do clube fez uma declaração emocionante sobre toda a situação, e chegou a mencionar que preferia que o goleiro deixasse a bola passar, arrancando lágrimas de diversas pessoas presentes durante a frase, além dos internautas e telespectadores que acompanharam a entrevista.

O clube brasileiro está esperando por notícias oficiais mais concretas sobre o caso, pois a escolha dos dirigentes pela fretamento do avião da Lamia, empresa venezuelana que opera na Bolívia, foi feita com a máxima atenção para os detalhes de segurança, e qualquer erro que possa ter acontecido durante o voo não será admitido. 81 passageiros eram transportados no modelo britânico Avro RJ85, e vale ressaltar que foram dezessete anos de uso até o momento do acidente, fato que começa a levantar suspeitas sobre algum tipo de pane elétrica, que também impossibilitou o contato com a torre aérea de Medellín e forçou o piloto a realizar um pouso forçado.