Após 7 anos, Abradisti avança em ação para reduzir impostos de placa de vídeo no Brasil
O presidente da Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação (Abradisti), Mariano Gordinho, participou de uma Live com Cris Bottini, do Channel 360, e o advogado Helim Neto, na última terça-feira (26), para falar sobre a recente decisão judicial obtida pela organização para regular a tributação das placas de vídeo no Brasil.
A ação, movida em 2013, foi acolhida pela Justiça Federal de São Paulo e pode representar a redução de 31% para 2% nos impostos de GPU (Unidade de Processamento Gráfico), mas ainda precisa ser revalidada em segunda instância.
"O Estado ainda pode recorrer dessa decisão que o juiz deu ao nosso favor. A receita federal brasileira pode dizer 'mesmo o juiz tendo concluído que vocês estão certos, eu receita federal sou teimoso e não quero nem saber se vocês estão errados", apontou Gordinho, deixando claro que os avanços ainda precisam ser encarados com cautela.
O presidente da Abradisti também afirmou que a ideia de reduzir os impostos existe desde 2010, quando nasceu uma demanda de natureza legal, fiscal e tributária. "Naquela ocasião, em 2010, o governo do estado de São Paulo tinha tomado a decisão de incluir uma outra carga tributária sobre a venda de produtos chamada 'substituição tributária'", explicou Gordinho, sugerindo que aquele era um problema complexo, de difícil solução, mas que era possível unir forças com distribuidores para fundar a entidade que viria a se tornar a Abradisti.
Atualmente, as placas de vídeo são vendidas a preços muito acima do padrão de lançamento, unindo a alta do dólar com a alta carga tributária. Caso a Justiça continue fornecendo respostas favoráveis à ação, a diminuição dos impostos pode representar um alívio para usuários que necessitam desse tipo de equipamento, que podem ser desde gamers experientes a profissionais da área de desenvolvimento gráfico, cujos investimentos para montagem de computadores atingem orçamentos altíssimos e, certamente, supervalorizados. "Esse trabalho da associação vai direto no custo da operação", garante Helim.
Gordinho também explica que as iniciativas da receita federal brasileira são incoerentes, citando o que é chamado de "custo Brasil" em alguns países. "O custo Brasil é isso que estamos discutindo agora, são as incoerências que o Brasil cria quando ele tenta interferir no movimento natural do mercado econômico. Tudo aquilo que o Brasil tenta fazer para interferir naquilo que seria natural no movimento econômico, ele acaba impedindo o progresso", garante o presidente da associação, que deu um passo promissor na busca por preços mais justos no ramo de informática no Brasil.