TikTok fica 'chocado' com ordem de proibição nos EUA emitida por Trump
O presidente Donald Trump gera novas possibilidades de retaliação da China ao emitir na última quinta-feira (6) uma ordem executiva oficial proibindo o TikTok nos Estados Unidos. A ação dá à ByteDance, empresa que gerencia o popular aplicativo para smartphones, o prazo de até 45 dias para que a plataforma de entretenimento deixe de operar em território norte-americano caso não seja vendida.
Segundo comunicado emitido pelo TikTok nesta sexta-feira (7), a reação é de "choque" com a notícia. "Estamos chocados com a recente ordem executiva, que foi emitida sem qualquer processo devido", disse a empresa em um comunicado, segundo a Fox Business. "Por quase um ano, procuramos nos envolver de boa fé com o governo dos EUA para fornecer uma solução construtiva para as preocupações que foram expressas", disse o comunicado, que ainda foi além ao criticar a gestão descontrolada de Trump.
"O governo não deu atenção aos fatos, ditou os termos de um acordo sem passar pelos processos legais padrão e tentou se inserir nas negociações entre empresas privadas", exclamou o TikTok.
Citando preocupações crescentes com segurança e utilizando argumentos referentes a supostas práticas de espionagem da China, a ordem de Trump proíbe "qualquer transação" com a ByteDance.
"Esses riscos são reais", disse o presidente em seu pedido, que basicamente define uma contagem regressiva para que a ByteDance venda as operações americanas da TikTok para outra empresa, como a Microsoft, que acatou o pedido de Trump e deu início às negociações para adquirir a companhia chinesa. Trump emitiu um pedido semelhante e um prazo semelhante para outro aplicativo de propriedade chinesa, o WeChat.
Na declaração, o TikTok ameaçou entrar com uma ação legal contra a ordem de Trump, dizendo que "estabelece um precedente perigoso para o conceito de liberdade de expressão e mercados abertos", acrescentando que a empresa "buscará todos os recursos disponíveis a fim de garantir que o estado de direito não seja descartado e que nossa empresa e nossos usuários sejam tratados de forma justa - se não pela Administração, então pelos tribunais dos Estados Unidos."