Trump irá banir TikTok e WeChat nos EUA a partir de domingo
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos pretende emitir até o final desta sexta-feira (18) um pedido formal para banir o download do TikTok e do WeChat em território norte-americano a partir do próximo domingo (20).
Nas últimas semanas, a empresa-mãe do TikTok, ByteDance, esteve envolvida em negociações com empresas americanas como a Microsoft e a Oracle para criar uma nova empresa, a TikTok Global, que atendesse às preocupações da administração Trump sobre a segurança dos dados de usuário.
No início deste mês, o presidente iniciou negociações depois de pedir que as operações da TikTok nos Estados Unidos sejam encerradas, a menos que sejam vendidas a uma empresa norte-americana até 15 de setembro. A Microsoft desistiu da licitação, deixando Oracle e Walmart como os principais candidatos a deter participação na "nova empresa" TikTok. Ainda assim, o governo ainda precisa fechar um acordo que atenda a todos os seus requisitos.
As autoridades informaram que uma regra do Departamento de Comércio proibindo os downloads do TikTok e do WeChat nos EUA pode ser emitida já nesta sexta-feira, e entraria em vigor em 20 de setembro. A proibição do governo impediria a Apple e o Google de oferecerem qualquer um desses aplicativos em suas lojas de aplicativos para usuários americanos.
O secretário de comércio, Wilbur Ross, afirmou nesta manhã que foram tomadas "medidas significativas para combater a coleta maliciosa de dados pessoais de cidadãos americanos pela China, ao mesmo tempo que promovemos nossos valores nacionais, normas baseadas em regras democráticas e aplicação agressiva das leis e regulamentos dos EUA".
O banimento do WeChat pode representar perdas significativas para empresas e um problema logístico para uma parcela das pessoas nos Estados Unidos. O aplicativo agrupa mídia social, mensagens de texto, pagamentos móveis, marketing corporativo e outras funções. Embora os usuários do WeChat estejam principalmente na China, o aplicativo é importante entre a diáspora chinesa nos EUA e é amplamente usado por estrangeiros com laços profissionais ou pessoais na China.
Nove em cada 10 empresas pesquisadas pela Câmara de Comércio Americana em Xangai disseram que a proibição prejudicaria suas operações na China.