Tenório corre de peõs revoltados e chora de medo em Pantanal

Todos já sabem que a guerra promovida por Tenório (Murilo Benício) não propiciará nenhum ganho para o grileiro, e talvez até ele mesmo já tenha noção de que irá perder o confronto contra José Leôncio (Marcos Palmeira), mas ele insiste em instaurar o caos na novela Pantanal, cavando a própria cova e entrando em situações humilhantes para escapar de peões revoltados. Cercado, o pai de Guta (Julia Dalavia) vai chorar de medo quando não tiver mais para onde correr. 

Quando está diante da família, Tenório adora gritar para tentar "colocar todos em seus devidos lugares". A mesma atitude não poderá ser vista quando ele estiver diante de inimigos cada vez mais indignados com o clima de tensão na região, sobretudo com os iminentes desastres de grande magnitude devido às queimadas ilegais para a ampliação de áreas destinadas à pastagem, uma prática que infelizmente se tornou comum e bateu constantes recordes desde os anos 80.

Tenório é um dos indivíduos que não dão a mínima para a destruição ambiental, enquanto Jove (Jesuíta Barbosa) implementa gradativamente uma política interna de preservação da natureza, de acordo com os ensinamentos obtidos do Velho do Rio (Osmar Prado) e o bom senso construído desde o período em que morava no Rio de Janeiro. 

O conflito de caráter é muito óbvio entre a família Leôncio e a figura mais tenebrosa de Pantanal, ou simplesmente Tenório, o vilão que está gerando calafrios nos espectadores e basicamente implora pela própria morte com o excesso de atos ridículos.

A inteligência do grileiro também se dissipa completamente nos últimos capítulos da novela, garantindo a vantagem que faltava para os peões de José Leôncio. No final, a morte de Tenório nem será tão difícil, mas terá a violência que ele mesmo defendia.