NASA testa novo foguete que pode ir a Marte em apenas 45 dias
Veículo será movido a energia nuclear.

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A Agência Espacial Americana (NASA), em parceria com um grupo de pesquisadores da Universidade da Flórida, está desenvolvendo e testando um foguete com propulsão nuclear. Segundo os cientistas responsáveis, o veículo pode tornar as viagens para Marte muito mais rápidas, podendo ser lançado já em 2027.
O projeto, chamado de “Nuclear Thermal and Nuclear Electric Propulsion” (ou em livre tradução Propulsão nuclear elétrica e térmica), visa misturar tecnologias aplicadas nos setores da indústria náutica e na indústria aeronáutica, melhorando a qualidade de vida e diminuindo o tempo de viagem para os foguetes.
Segundo os idealizadores da iniciativa, a nova tecnologia de propulsão térmica nuclear empregada irá permitir que a espaçonave percorra uma maior distância em um menor tempo, possibilitando um envio de cargas mais rápido para a base lunar, além de aumentar as distâncias para as missões robóticas. Uma viagem para Marte, por exemplo, irá reduzir o tempo de nove meses para apenas 45 dias.

A propulsão elétrica nuclear (NTP), se caracteriza pela utilização de um reator nuclear que, por sua vez, a aquece um propulsor de hidrogênio líquido (LH2), transformando-o em plasma, ou seja, gás ionizado. O resultado é uma matéria que será canalizada entre os bicos de saída gerando uma grande força de empuxo.
A propulsão elétrica nuclear (NEP), no que lhe concerne, utiliza um reator nuclear que fornece eletricidade a um propulsor de efeito Hall, que cruza campos elétricos e magnéticos, confinando elétrons e acelerando íons, acelerando também um gás inerte para criar impulso.
No entanto, nem tudo são flores, a NASA vem estudando possíveis riscos as seguranças dos astronautas, pensando nisso a agência do Departamento de Defesa norte-americano afirma que irá utilizar urânio de alto teor, porém, pouco enriquecido ao invés de urânio altamente enriquecido, outro ponto é que ativação só será feita quando o foguete chegar ao espaço.
A NASA irá levar missões tripuladas a Marte durante a próxima década e prevê a realização dos primeiros testes ainda em 2027.
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