Google deve mudar regras sobre seus aplicativos na Índia
Mudanças acontecem devido a denúncias realizadas contra a empresa.
O Google vem sofrendo uma série de denúncias sobre possíveis práticas anticompetitivas em vários países, que podem levar a empresa a tomar decisões estratégicas para não ser condenada.
O jornalista Kuba Wojciechowski, um leaker renomado nos fóruns, disse ter acessado documentos vindos do órgão regulador de mercado da Índia. O conteúdo do material sugere que o Google será forçado a criar uma versão alternativa para o seu Contrato de Distribuição de Aplicativos Móveis (MADA), sem oferecer seus aplicativos pré-instalados no Android.
Atualmente o MADA da empresa determina que as fabricantes de celulares, tablets e outros aparelhos com Android ofereçam somente o Google Mobile Services (GMS), como pacote principal dos aparelhos. A prática é considerada anticompetitiva no mercado de aplicativos para dispositivos móveis pelas autoridades indianas.
Com a denúncia, é possível que haja uma variante específica para o país, chamada de “IMADA” (Contrato de Distribuição de Aplicativos Móveis para a Índia). Esta adaptação será voltada somente para as exigências do mercado indiano, permitindo que as fabricantes optem por oferecer apenas os serviços essenciais, sem a obrigação de softwares pré-instalados.
O governo indiano exigiu outras regras para a empresa americana, nelas, os usuários podem selecionar qual o mecanismo de buscas padrão do Android. Além disso, o sistema operacional de tornar opcional a presença do widget para buscas, a pasta com todos os aplicativos pré-instalados e o link para a Play Store do Google.
É válido relembrar que o IMADA será opcional para as fabricantes, ou seja, as empresas que ainda desejarem utilizar os aplicativos nativos do Android ainda poderão optar pelo MADA. Outro ponto importante é que os aparelhos comercializados com o IMADA poderão ser vendidos somente na Índia.
As informações sobre o novo contrato ainda devem ser confirmadas pelas autoridades locais, contudo, é possível que as sanções sejam anunciadas quanto antes devido às leis sobre concorrência firmadas pelo governo indiano.