Morre Luis Aragonés, técnico revolucionário da Espanha, aos 75 anos

Morre Luis Aragonés, técnico revolucionário da Espanha, aos 75 anos
Diário 24 Horas
Por Diário 24 Horas

O mundo inteiro, sobretudo a população da Espanha amante de futebol, acordou com uma notícia muito triste neste sábado (1º). O técnico Luis Aragonés, que deu início a uma grande revolução no futebol espanhol, transformando sua seleção em uma equipe vitoriosa, que viria a se tornar campeã mundial, morreu aos 75 anos, sem causas divulgadas até o momento pela família. Em 2008, ele deu início à esta grande fase ao conquistar o título da Eurocopa.

O presidente da federação, Angel Maria Villar, disse que Aragonés será lembrado como alguém "muito especial", tanto pelas suas contribuições para o futebol espanhol como pela pessoa que foi. "Com ele, vivemos o início de uma fase extraordinária no futebol bem como para a sociedade espanhola", disse Villar. "Esta foi uma madrugada dolorosa para o nosso futebol". Aragonés teve uma carreira bem sucedida como jogador, com 11 partidas disputadas pela Espanha, e depois se tornou treinador, também tendo êxito. Mas ele será principalmente lembrado pela conquista da Eurocopa de 2008, com uma vitória sobre a Alemanha na decisão em Viena, que garantiu para a Espanha o seu primeiro grande título em 44 anos.

Esse foi o ponto alto do período de quatro anos de Aragonés no comando da seleção espanhola, mudando a reputação da equipe, mesmo após ser eliminado nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2006 pela França. Depois, porém, comandou a equipe na vitoriosa campanha da Eurocopa, em 2008, ao adotar o estilo de passes rápidos, conhecido na Espanha como "tiki-taka", além de contar com os talentosos meias Xavi Hernández, Andrés Iniesta e os gols do goleador David Villa. 

Aragonés deixou o comando da Espanha em seguida, mas a seleção continuou com seus ensinamentos, agora com o técnico Vicente del Bosque, tanto que venceu a Copa do Mundo de 2010 e a Eurocopa de 2012, além de ser a seleção número 1 no ranking da Fifa, à frente de Alemanha, Argentina, Colômbia, Portugal, Uruguai, Itália, Suíça, Holanda e Brasil, que está na décima colocação.  

Contudo, o treinador também se envolveu em polêmicas no comando da seleção, com uma acusação de racismo do francês Henry, e ao deixar de convocar o atacante Raúl. Como jogador, Aragonés se tornou o segundo maior artilheiro da história do Atlético de Madrid, com 123 gols marcados 265 jogos, e ajudou o time a vencer três vezes o Campeonato Espanhol e duas a Copa do Rei, além de ter sido vice-campeão da Liga dos Campeões da Europa em 1974.

Depois, Aragonés se tornou técnico do Atlético de Madrid e foi campeão mundial em 1974, da Copa do Rei em 1976, 1985 e 1992 e do Campeonato Espanhol em 1977, nas suas cinco passagens no comando do clube. Ele também dirigiu outros clubes, como Barcelona, Espanyol, Sevilla, Valencia e Oviedo. Seu último trabalho foi no Fenerbahçe, entre 2008 e 2009. Aragonés deixa sua esposa Pepa, cinco filhos e 11 netos.

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