Forte candidato ao Oscar, “Trapaça” estreia nesta sexta-feira, 7

“Trapaça” chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (7), após o mundo inteiro assistir às nomeações e premiações do longa dirigido por David O. Russel. Ganhador de três estatuetas na 71ª edição do Globo de Ouro, como “melhor filme de comédia ou musical”, “melhor atriz de comédia ou musical” para Amy Adams, e “melhor atriz coadjuvante” para Jennifer Lawrence, o filme tem como próxima meta faturar pelo menos um dos 10 prêmios Oscar nos quais a produção foi indicada. 

Em “Trapaça”, Irving Rosenfeld (Christian Bale) é um grande trapaceiro, que trabalha com a sócia e amante, Sydney Prosser (Amy Adams). Os dois são forçados a colaborar com um agente do FBI (Bradley Cooper), infiltrando o perigoso mundo da máfia. Ao mesmo tempo, o trio se envolve na política do país, através do candidato Carmine Polito (Jeremy Renner). Os planos parecem dar certo, até a esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence), aparecer e mudar as regras do jogo.

Todos os atores presentes na produção já foram indicados ao Oscar, sendo que Christian Bale e Jennifer Lawrence já levaram a estatueta para casa, ambos por filmes de Russel (Bale por "O Vencedor", Lawrence por "O Lado Bom da Vida"). 

Vale ressaltar que a opinião da imprensa é, de certa forma, divergente em alguns pontos do longa, com alguns veículos dando nota máxima, outros atribuindo uma nota média e outros (minoria) falando mal da produção. 

O site “Adoro Cinema” fez uma avaliação sobre “Trapaça” e deu nota 4 (total de 5), justificando que, apesar de ter um conjunto de atuações muito bem tramado, peca na trama em si. “Não é um filme perfeito. Tem problemas de ritmo e uma história que não empolga. Sua vantagem é justamente a impressionante força dos atores. Estamos diante, sem dúvida, de um elenco memorável”, afirma a conclusão feita na resenha da página. 

Quem também elogiou o longa foi Mário Abbade, em sua crítica do site “O Globo”: “O diretor David O. Russell optou por uma abordagem pop numa comédia de humor negro, mas com extremo apuro técnico. Menos é mais [...] Com diálogos afiados e performances repletas de nuances, Russell, mais uma vez, comprova que é exímio diretor de atores. Sua câmera virtuosa focaliza pequenos gestos, olhares e falas, como se dissecasse aquelas pessoas.”

O “Chronic’art.com”, em contrapartida, condenou o longa e afirmou que o cansaço predomina no espectador que o assiste. “É preciso reconhecer que os atores fazem de tudo para a câmera - às vezes até o limite do ridículo. [...] O filme de O. Russell acaba suscitando apenas o desespero e o cansaço, como uma jornada de trabalho que não acaba nunca”, afirmou Raphaël Nieuwjaer em sua “review”.