Longa "Trash - A Esperança Vem do Lixo" é consagrado grande vencedor do Festival de Cinema de Roma

Com diretor inglês, produção é ambientada no Rio de Janeiro e aborda a história de polícia e políticos corruptos

Longa "Trash - A Esperança Vem do Lixo" é consagrado grande vencedor do Festival de Cinema de Roma
Carol Souza
Por Carol Souza

Neste último final de semana o longa "Trash - A Esperança Vem do Lixo", dirigido pelo inglês Stephen Daldry - mesmo diretor de "As Horas" e "Billy Elliot" e com Selton Mello e Wagner Moura no elenco saiu consagrado como o grande vencedor do "Festival de Cinema de Roma".

Além dos brasileiros no elenco principal, a trama conta com atores estrangeiros como Martin Sheen e Rooney Mara.

O filme, que foi ambientado no Brasil e se passa em um lixão, é baseado no livro homônimo do também inglês Andy Mulligan, uma fábula sobre três garotos que vivem no lixão de um país fictício e encontram uma carteira que os coloca em rota de colisão com a polícia e políticos corruptos. 

O diretor Stephen Daldry esteve no Brasil recentemente para apresentar a produção no Festival de Cinema do Rio. "Trash" é uma das maiores coproduções Brasil-Reino Unido já realizadas.

No Festival do Rio, Selton Mello, que interpreta um investigador de polícia corrupto, disse que o longa traz um olhar estrangeiro sobre a realidade brasileira, mas com sensibilidade. "Acho que é um olhar estrangeiro de um artista sensível, alto nível, dos melhores diretores que existem. Você pega o roteiro, dá na mão de um camarada que dirige filme só de ação, superficial, aí seria um filme banal".

Wagner Moura, que interpreta um papel pequeno mas crucial no filme, concorda. "Nós temos essa tradição de fazer filmes sobre a situação social brasileira. Desde o cinema novo a gente faz isso. Então, às vezes somos um pouco refratários a que uma visão de fora olhe para essas mazelas", diz. "E eu acho isso uma bobagem. Claro, ele é inglês, mas que bom que a gente tem um olhar profundo sobre o que acontece no Brasil. Eu não acho que seja um olhar que tangencie a superficialidade em nenhum momento. É diferente do nosso estilo de filmar, daquele hiper-realismo brasileiro".

Fonte: UOL

 

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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