Cenas absurdas e drama! Veja o que esperar de "Velozes e Furiosos 7"
Roteiristas decidiram mesclar as cenas surpreendentes de ação com uma carga emotiva maior do que nos outros títulos
Uma das franquias de maior sucesso de todos os tempos "Velozes e Furiosos", ganhou um novo título esse mês, e após seis filmes com muita ação e um certo drama, não seria no sétimo que a franquia iria mudar tudo. Quem já está acostumado com os outros "Velozes e Furiosos", não irá se surpreender com a quantidade de cenas absurdas de ação no novo filme estrelado por Vin Diesel e Paul Walker. A diferença é que, por conta do falecimento de um dos principais astros da franquia, em novembro de 2013, surgiu a ideia de inserir uma maior carga dramática no longa, fato que deixou os espectadores ainda mais emocionados.
Confira um trecho da resenha publicada por Érico Borgo, no portal Omelete:
"Cada sequência de Velozes e Furiosos 7 é pensada para explorar uma estética distinta. Há cenas no deserto, fechadas em interiores, em florestas, no topo de precipícios, no ar, essencialmente urbanas... cada uma com uma qualidade distinta. Em todas, o hiperbólico é a regra. Carros desafiam as leis da física, assim como os humanos as da biologia. Vin Diesel e seus companheiros saem ilesos de provações que transformariam em pasta qualquer pessoa. Nem uma gotinha de sangue escorre pelo nariz dos truculentos, garantindo a abrangência da classificação indicativa baixa e amplificando a diversão, feito um esquete de Os Trapalhões com cadeirada nas costas. As gargalhadas são garantidas, com sequências tão inventivas quanto ridiculamente irreais, banhadas a frases de efeito sem qualquer receio da breguice (Dwayne Johnson, um campeão do humor sarcástico).
A pancadaria é igualmente saborosa. Em determinado momento, Diesel e o vilão do filme, Ian Shaw (Jason Statham), encaram-se prestes a ter um de seus (vários) embates no filme. Os estilos são diametralmente opostos e o segundo questiona "você achou que teríamos uma briga de rua?" Statham, elegante, inglês, equipado - um ex-espião da Rainha... o James Bond perfeito. Diesel, desleixado, inchado, suado - o representante das ruas. É a maneira que o roteirista Chris Morgan encontrou de antagonizar o velho e o novo, o exagero inocente do passado dos filmes de 007 à nova geração."
"Daí o tocante final do sétimo capítulo, que homenageia o amigo Paul Walker, falecido em um irônico acidente de carro. A família do cinema, para Diesel, que tanto deve à franquia, estendeu-se para fora das telas e a conclusão tem grande dignidade nesse sentido. Entre exageros e esse sentimento honesto, Velozes e Furiosos 7 destaca-se como o melhor da série até aqui."
Além disso, diversos materiais arquivados dos títulos anteriores foram reaproveitados. Para que o filme não ficasse confuso, o roteiro precisou ser refeito, para tudo se encaixar com as cenas "recicladas". Para auxiliar nas imagens geradas por computador, foram utilizados dublês, inclusive parentes do astro, por causa da semelhança física.
É claro que o tempo para término da produção cresceu, assim como o orçamento, que pulou de US$ 200 milhões para US$ 250 milhões, totalizando um acréscimo de aproximadamente R$ 160 milhões.
Os estúdios Universal explicaram que os dois irmãos do ator foram usados para completar as cenas restantes, e que imagens de Paul Walker em filmes anteriores serviram de base para a reconstrução. Mas os produtores evitaram entrar em detalhes sobre o uso de tecnologia - provavelmente para não sugerir que a presença física de Walker seria dispensável ao filme.
O processo de recriação do ator foi feito pela Weta Digital, empresa especializada de Peter Jackson. Os técnicos da Weta se recusaram a dar explicações, mas outra empresa, The Mill, explicou como recriou digitalmente o ator Oliver Reed, falecido durante as filmagens de Gladiador. No caso, uma máscara virtual foi aplicada sobre o rosto de um dublê: "Ele também tinha diálogos, então mudamos o movimento da boca".
Com informações dos portais Omelete e O Povo.