Eduardo Suplicy defende que Mano Brown foi agredido antes de ser detido em São Paulo

"Um forte policial deu-lhe um mata leão e o derrubou no chão. Diversos passaram a ofende-lo", disse o político em rede social

Eduardo Suplicy defende que Mano Brown foi agredido antes de ser detido em São Paulo
Carol Souza
Por Carol Souza

Durante a tarde desta última segunda-feira (6) o rapper Mano Brown, integrante do grupo de rap Racionais MCs, foi preso por desacato após ser abordado no trânsito por policiais por volta das 16h, em uma movimentada avenida em São Paulo. 

Conforme informado pela Polícia Militar, a abordagem ao rapper aconteceu na Avenida Carlos Caldeira Filho, na altura do número 1000, na Vila Andrade, e após pedir que os policiais não o tocassem e se negar a colocar as mãos atrás da cabeça, Brown foi conduzido para o 37º Distrito Policial, na região do Campo Limpo, por desobediência.

Apesar do informado pela polícia, o advogado do rapper discorda da versão e informou em entrevista à imprensa que ele foi agredido, algemado e jogado no chão quando já estava rendido, afirmando ainda que o cantor teve ferimentos leves nos cotovelos.

Segundo o programa jornalístico "Brasil Urgente", da TV Bandeirantes, apresentado pelo jornalista José Luiz Datena, o episódio aconteceu durante uma abordagem de trânsito. Brown estaria ainda com os documentos do carro e com sua carteira de habilitação vencidos.

Após o ocorrido, a assessoria de imprensa de Mano Brown foi procurada pela mídia para comentar o caso, mas conforme informado, não pode ser encontrada.

Já na manhã desta terça-feira (7) o deputado Eduardo Suplicy falou sobre o ocorrido em rede social, apontando que teria ido a delegacia prestar socorro a Mano Brown e, em sua postagem, pediu maior "respeito e civilidade" aos negros, defendendo ainda que a ação da polícia contra Brown teria sido exagerada.

"Nesta segunda, Mano Brown, dos Racionais Mc's, foi à farmácia comprar um remédio para sua mãe, que esteve hospitalizada. No caminho, foi parado por batalhão de PMs. Abriu os vidros, desceu do carro. Mandaram ele elevar os braços por trás da cabeça. Brown pediu para não tocarem nele. Um forte policial deu-lhe um mata leão e o derrubou no chão. Diversos passaram a ofende-lo. Algemaram-no e o levaram ao 37DP, no Campo Limpo. Vicente Cândido e eu fomos lá até que fosse liberado, às 20:30hs. Maior respeito e civilidade especialmente aos negros se faz necessário. O fato de o exame de saúde da carteira de habilitação estar vencido não justificava aquele procedimento".

Fonte: Revista Veja São Paulo e Tribuna Hoje.

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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