Polêmica: Filha de Kurt Cobain diz que nunca gostou de Nirvana

Aos 22 anos, Bean Cobain faz parte da equipe de produção da cinebiografia do músico

Polêmica: Filha de Kurt Cobain diz que nunca gostou de Nirvana
Diário 24 Horas
Por Diário 24 Horas

Apesar de ser algo extremamente aceitável, a recente declaração de Bean Cobain, filha do lendário vocalista do Nirvana, deixou alguns fãs do músico indignados, afinal ela disse que nunca gostou tanto da banda, sendo que a jovem, atualmente com 22 anos, é uma das produtoras da cinebiografia do pai. 

A artista visual aceitou falar sobre o assunto agora porque está lançando a primeira biografia autorizada de Kurt, o documentário da HBO Kurt Cobain: Montagem of Heck , do qual é produtora executiva e que foi dirigido e escrito por Brett Morgen.

O suicídio de Kurt 

A jovem, que já trabalhou como estagiária na revista americana e tinha que lidar diariamente com a imagem do rosto de Kurt pintada na parede da sala em que ficava sua mesa, falou sobre o suicídio do pai. "Kurt chegou ao ponto em que teve que sacrificar cada pedaço dele por sua arte porque o mundo exigiu isso. Mas, para mim, a grande questão é porque ele não queria estar aqui e porque achava que todos ficariam mais felizes sem ele. Na verdade, se ele tivesse sobrevivido, eu teria tido um pai e seria uma experiência incrível", disse.

O documentário 

Frances declarou que idealizou o documentário e que trabalhou com Morgen para que ele retratasse a vida do pai "sem a mitologia e romantismo em volta de Kurt". "Apesar dele ter morrido da pior maneira possível, sempre tem esse romantismo ao redor porque ele vai ter 27 anos para semrpe. Ele é um ícone porque nunca envelhece, vai ser sempre relevante e bonito".

E continua: "meu pai era excepcionalmente ambicioso, mas ele tinha muita coisa sobre ele sufocando sua ambição. Ele queria que sua banda tivesse sucesso, mas não queria ser a porra da voz de uma geração", desabafa.

O Nirvana 

Apesar de ter dito que não gostava muito do Nirvana e que prefere bandas como Mercury Rev, Oasis e Brian Jonestown Massacre, Frances comentou que algumas canções são tocantes porque, de certa forma, mostram a percepção que Kurt tinha dele mesmo. " Territorial Pissings , do disco Nevermind , é uma música muito boa. E Dumb , de In Utero , me faz chorar em todas as vezes que a escuto".

E, segundo ela, a razão para não gostar da música que o pai fez pode ser o fato de o mundo tê-lo santificado após sua morte. "Seria estranho se eu gostasse porque mesmo que escutasse no rádio, ele seria só meu pai e, para mim, ele é maior que isso. Sem falar que nossa cultura é obcecada com músicos mortos, que acabam sendo colocados em pedestais. Ele não era apenas mais um cara que abandonou a família, ele era o Santo Kurt e isso fez dele ainda maior após sua morte".

No ano passado, a cidade de Aberdeen, também em Washington, resolveu homenagear o astro com uma estátua no Museu de História, exatamente no dia em que ele completaria 47 anos de idade se ainda estivesse vivo. 

Na escultura, ele aparece com uma lágrima escorrendo de um dos seus olhos, com o cabelo grande e com a representação de sua barba no rosto. Esta obra faz parte da programação do "Dia de Kurt Cobain", comemoração instituída no mês passado para homenagear o guitarrista que cometeu suicídio em abril de 1994. 

Apesar do caráter dramático da estátua, que transmite um sentimento de emoção aos fãs do músico, muitas pessoas da comunidade de Aberdeen não simpatizaram com o projeto, por causa do comportamento de Kurt em seus tempos de fama, tanto que em meados de 2011, o conselho da comunidade votou contra a renomeação de uma ponte local em homenagem a ele, pois ele era usuário de drogas e tirou a própria vida, fato considerado extremamente negativo por vários cidadãos.

Fonte: Terra

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