Nando Reis conta segredos de sua carreira para a revista Sexy
O cantor e compositor Nando Reis esta na seção “Sentido da Vida”, da Revista Sexy e conversou com os nossos repórteres sobre o lançamento do seu novo trabalho, contou que foi tenso segurar um show com apenas voz e violão sozinho, relembrou os momentos ao lado de Cássia Eller, falou das burrices do mercado da música e filosofou sobre seu principal tema: o amor.
Sobre o seu novo trabalho, Nando Reis falou com empolgação e contou como tudo aconteceu. “Eu fui convidado para participar de um projeto no SESC Pompéia cujo conceito era uma sala de estar. Era para reproduzir ali no palco o que seria tocar na sala de estar da sua casa. Quando vi aquilo, pensei que eu não era o tipo de pessoa que fica tocando na sala de estar. A minha interpretação foi o que eu ouço em casa. Montei o repertório mesclando coisas de outros artistas e conectando com coisas que eu fiz. Quando fiz esse show, teve uma repercussão, e surgiu um convite por parte do Citibank Hall para fazer o show de voz e violão lá. Hesitei, porque gosto de fazer show e gosto de tocar, mas normalmente em lugares menores, teatros, onde tenho uma relação mais próxima com o público, e posso apresentar um repertório diferente. A minha hesitação se deu pelo fato de a casa ser muito grande. Imagina, 3.700 pessoas! Além de ser voz e violão sem contextualização de um disco nem nada? Será que funciona para tanta gente? Mas foi!”.
Conversamos sobre Cássia Eller e o cantor tem planos. “Tenho um desejo muito grande de lançar uma espécie de livro com as cartas que escrevi para Cássia Eller, que aliás estão na música “All Star”, com a transcrição de uma conversa em uma noite que estava apresentando a música pra ela, com um texto meu tratando das canções todas que ela gravou de minha autoria; enfim, é uma coisa que poderia lançar pelo Relicário. Tenho uma mala grande com umas 70 fitas cassetes com material.”. Ainda sobre Cássia Eller, Nando Reis contou como a conheceu. “Eu conheci a Cássia em 97, de me aproximar e ficarmos amigos. Eu estava no Rio e ia gravar algumas coisas, os Titãs iam entrar em estúdio, eu estava com bastante tempo ocioso, e a conheci através de amigos. Nós nos identificamos, nos aproximamos, gostamos muito um do outro e aí veio o convite para produzir o disco dela. Por isso, a gente se encontrava muito, eu ia muito à casa dela em Laranjeiras, e passávamos noites conversando e tocando violão. Eu queria muito saber quem era ela, o que ela tinha para
falar. E eu ia à casa dela de táxi, então eu falava “me leva ali!”. Um dia, quis mandar uma carta para ela e descobri que não sabia seu endereço formal. Aí liguei e pedi o endereço, e ela começou a rir.”, finalizou.
Quando falamos sobre a fama, ele brincou. “A forma como a maioria das pessoas se aproxima é muito carinhosa, mas há limites. As pessoas têm essa ideia de que, se você é alguém conhecido, a recíproca é verdadeira, mas não é. A pessoa sabe muito mais de mim, e faz uma diferença na forma como ela se apropria disso. Gosto do reconhecimento e gosto de lidar com isso, mas tem outras coisas ruins. Felizmente, meu alcance como artista é mediano, sou popular mas não tem paparazzi na minha porta, não sou Roberto Carlos. Ele é o Rei, e eu sou o Reis.”.
Encerrando a entrevista, perguntamos se ele já tinha chegado a conclusão do que é o amor. “O amor é a coisa mais importante que tem, é o que move o mundo. A relação do amor extrapola a relação de casamento, não tem nada a ver com isso. É uma relação amorosa com a vida, com tudo.”.