Vídeo homofóbico resulta em processo para Ratinho
O apresentador chegou a se retratar sobre o assunto, mas Defensoria Pública de São Paulo não perdoa
Parece que a casa caiu para Carlos Roberto Massa, conhecido publicamente como Ratinho, apresentador do SBT. Na semana passa, o famoso publicou vídeo em uma determinada rede social, onde fazia duras críticas à presença massiva de homossexuais em produções televisivas, ênfase a Rede Globo, gerando muita polêmica. Ele foi extremamente infeliz em seus comentários e vai responder na justiça pela publicação, mesmo tendo se retratado sobre o assunto publicamente, na tentativa de desfazer qualquer mal entendido.
No vídeo, o comunicador soltou o verbo sem medir palavras e deixou muita gente revoltada. “É muito viado: é viado às seis da tarde, é viado às oito da noite, é viado às nove da noite, é viado às dez da noite, é muito viado. Eu não sei o que está acontecendo, não tem tanto viado assim. Ou tem? Será?”, falou para quem quisesse ouvir em seu Instagram. A gravação não passou despercebida pela Defensoria Pública de São Paulo, que resolveu entrar com uma representação contra Ratinho. O pedido foi feito a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado. Nele, o órgão solicita a instauração de um processo administrativo contra o apresentador, com base na Lei Estadual 10.948, de 2011.
Para a Defensoria, a forma pejorativa como o contratado do SBT se referiu aos homossexuais transmite uma “ideia negativa e discriminatória do termo”, nesse caso a palavra “viado”. “Carlos Roberto Massa ressalta no vídeo que, para ele, seria um grande problema uma emissora de televisão exibir personagens homossexuais em sua programação”, diz a petição. Caso perca processo, ele terá de pagar multa. Ratinho chegou a se defender dizendo que tudo não passou de uma brincadeira mal interpretada, afinal, convive com pessoas homossexuais sem nenhum problema. “Em nenhum momento eu tive a intenção de ofender nenhum gay, até porque eu trabalho com todos eles, todos eles gostam muito de mim e eu gosto muito deles”, ressaltou. Contudo, a alegação não convenceu o defensor Rodrigo Leal da Silva, que levou adiante a representação.