Stephen King diz que a pandemia do COVID-19 foi "obrigada a acontecer"

O autor de best-sellers e 'Mestre do Horror' comenta as alusões ao seu épico de 1978, 'The Stand'.
O autor de best-sellers e 'Mestre do Horror' comenta as alusões ao seu épico de 1978, 'The Stand'.
Carol Souza
Por Carol Souza

Stephen King não é estranho aos paralelos entre a pandemia de coronavírus e seu trabalho. Em uma nova entrevista à NPR, o "Mestre do Horror" dissertou sobre o estado do mundo, particularmente como ele ligou muito disso com seu épico de 1978, "The Stand".

"Eu sempre ouço as pessoas dizendo: 'Nossa, é como se estivéssemos vivendo uma história de Stephen King'", explicou ele à NPR. "E minha única resposta é: desculpe-me".

É claro que não é a primeira vez que ele aborda os paralelos entre nossos fatos e sua ficção.

Em março, quando todos começaram a falar sobre "The Stand", King tranquilizou seus leitores no Twitter, escrevendo: "Não, o coronavírus não é como o STAND. Não é nem de longe tão sério. É eminentemente sobrevivível. Mantenha a calma e tome todas as precauções razoáveis".

Embora ele esteja certo, o COVID-19 não é nem de longe tão fatal quanto a maldição garantida da morte do Capitão Trips, é difícil descartar grande parte das imagens e do efeito cascata da doença. King admitiu à NPR que uma pandemia como essa, no entanto, seria "obrigada a acontecer".

"Nunca houve dúvida de que, em nossa sociedade, onde as viagens são um grampo da vida cotidiana, que mais cedo ou mais tarde, haveria um vírus que iria se comunicar com o público em geral", disse King.

Se há outra história de King que vem à mente na era do coronavírus e do distanciamento social, é "The Shining", com seus temas de reclusão e isolamento. King está bem ciente dessas comparações, mas parece não ser afetado por elas. Pelo contrário, apenas o tornou mais produtivo.

"O que eu estou vivendo e o que eu suspeito que muitas pessoas estão vivendo agora é febre de cabine", disse ele. "Mas estar em casa dia após dia, tudo o que posso dizer é que fiz um progresso maravilhoso em um romance, porque realmente não há muito o que fazer e é uma boa maneira de fugir do medo".

Por fim, como todos nós, King se sente ansioso: "Não é pânico. Não é o terror que eu sinto, que eu acho que a maioria das pessoas sente, é uma espécie de ansiedade que você diz a si mesmo: 'eu não devo sair. Se eu sair, posso pegar essa coisa ou passar a outra pessoa'".

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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