Alanis Morissette: "Quase todas as mulheres da música foram assediadas e estupradas"
Nesta semana a cantora Alanis Morissette, que recentemente lançou dois novos singles - um deles falando claramente sobre depressão e colapsos nervosos, desabafou sobre as dificuldades da mulher na indústria do entretenimento em entrevista recente ao jornal Sunday Times.
De acordo com ela, além do cinema, o ambiente musical - da qual faz parte - é cheio de crimes contra mulheres. Crimes esses, que dificilmente vêm à público.
Para ilustrar seu argumento, Alanis comentou sobre o movimento "#MeToo" que explodiu em 2017 e começou com as acusações contra o hoje condenado magnata do cinema Harvey Weinstein.
“Isso (#MeToo) nem começou na indústria da música. Quase todas as mulheres da indústria da música foram agredidas, assediadas e estupradas. É onipresente – (acontece) mais na música do que nos filmes", disse ela.
Vale lembrar que o movimento "#MeToo", endossado por várias atrizes de Hollywood, revelou crimes sexuais cometidos por homens poderosos da indústria do cinema, a exemplo do magnata Harvey Weinstein, que recentemente foi à julgamento e foi condenado a 23 anos de prisão.
Ainda conforme Alanis, a vida "boêmia" que se prega dentro da indústria da música não deveria ser romantizada. "O quê? 'Sexo, drogas e rock ‘n’ roll'? A definição correta seria 'grosseiro, suado e agressivo'. Mas é apenas uma questão de tempo antes que a música tenha a sua própria explosão de histórias", completou.
Recentemente Alanis divulgou dois singles de seu aguardadíssimo novo álbum, "Such Pretty Forks In The Road", que deveria ser lançado nesta semana, mas precisou ser adiado devido a pandemia de COVID-19, e para a tristeza dos fãs segue ainda sem data de lançamento.
"Smiling" e "Diagnosis" são a segunda e terceira faixas do novo disco que chegam ao público. Há pouco mais de dois meses, a cantora divulgou o clipe de "Reasons I Drink", também do novo disco.