Juiz britânico decide contra Johnny Depp em caso de difamação
Um tribunal britânico decidiu que Johnny Depp está violando uma ordem judicial por não divulgar textos que supostamente evidenciam tentativas do astro em conseguir drogas na Austrália. A decisão do juiz Andrew Nicol nesta segunda-feira (29) foi tomada como parte da ação de difamação do ator contra o jornal The Sun.
O caso refere-se a um artigo que descreve Depp como "espancador de mulheres", referindo-se às alegações feitas por sua ex-esposa, a atriz Amber Heard, de que ele teria sido extremamente violento com ela, uma alegação que o ídolo hollywoodiano nega. Na quinta-feira (25), a equipe jurídica do tablóide pediu ao juiz que desistisse do caso. O advogado deles, Adam Wolanski, disse que Depp violou uma ordem judicial porque não entregou o que Wolanski chamou de "textos sobre drogas na Austrália", enviados entre Depp e seu assistente, Nathan Holmes.
As mensagens foram enviadas no final de fevereiro e no início de março de 2015, pouco antes do que Heard afirma ter sido "uma provação de três dias de agressões físicas" durante uma estadia na Austrália, enquanto ele estava tomando MDMA, também conhecido como ecstasy, e bebendo muito. A defesa afirma que os textos - que se referem a "pílulas felizes" e "coisas esbranquiçadas" - provam que Depp estava tentando adquirir drogas na época.
O advogado de Depp, David Sherborne, argumentou que os textos não se referiam às alegações de violência e, portanto, não eram relevantes para o caso. Em sua decisão, o juiz Nicol discordou dessa opinião: "Os textos sobre drogas na Austrália eram adversos ao caso alegado do reclamante e / ou apoiavam o caso alegado dos réus".
O julgamento está previsto para começar em 7 de julho, com Vanessa Paradis e Winona Ryder, ex-parceiras de Depp, Heard e Depp, que já saíram em defesa do ator recentemente e devem apresentar novas evidências de convívio ao caso. Em 2016, Heard obteve uma ordem de restrição contra Depp depois de acusá-lo de abuso. Além do suposto incidente na Austrália, a equipe de defesa do The Sun deverá fazer referências a 13 alegações separadas de incidentes de violência doméstica entre o início de 2013 e maio de 2016.