Facebook proibirá anúncios políticos na semana anterior às eleições nos EUA
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou nesta quinta-feira (3) novas medidas para incentivar a população a votar conscientemente e, teoricamente, garantir a integridade das eleições nos Estados Unidos. Entre as medidas, a que mais se destaca é a proibição de novos anúncios políticos na semana anterior à eleição marcada para o dia 3 de novembro. No entanto, os anúncios criados antes do período de bloqueio continuarão ativos.
“Esses anúncios já serão publicados de forma transparente em nossa Biblioteca de Anúncios para que qualquer pessoa, incluindo verificadores de fatos e jornalistas, possa examiná-los”, disse Zuckerberg, garantindo que os anunciantes poderão continuar veiculando os anúncios que começaram antes da semana final e ajustar a segmentação desses anúncios.
Outras medidas incluem a remoção de publicações que afirmam que as pessoas serão infectadas com Covid-19 se participarem da votação, e a inserção de uma espécie de rótulo nos posts que tentam "deslegitimar" os métodos e os resultados das eleições.
De acordo com Zuckerberg, o Facebook tomará medidas contra qualquer pessoa que tentar reivindicar a vitória antes da contagem oficial das cédulas ou alegar que “métodos legais de votação”, incluindo cédulas pelo correio, levarão à fraude, discurso amplamente repetido pelo presidente Donald Trump às vésperas das eleições.
O CEO também afirmou que a empresa está se unindo à Reuters e ao National Election Pool para fornecer "informações oficiais" sobre os resultados das eleições. “É importante ressaltar que se qualquer candidato ou campanha tentar declarar vitória antes de os resultados serem divulgados, adicionaremos um rótulo em sua postagem informando que os resultados oficiais ainda não foram publicados e direcionaremos as pessoas aos resultados oficiais”, escreveu Zuckerberg.