Diretor da Huawei no Brasil afirma que acusações dos EUA não têm fundamento
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O diretor cibersegurança da Huawei no Brasil, Marcelo Motta, concedeu uma entrevista ao Estadão/Broadcast para dialogar sobre o leilão das frequências do sinal 5G no Brasil, incluindo suas opiniões sobre a escalada de acusações da comitiva norte-americana em visita ao Brasil nesta semana.
Há meses, os Estados Unidos tentam boicotar a instalação da rede 5G pela empresa chinesa em território brasileiro, chegando a dizer que o país enfrentaria sérias consequências caso não optasse por outra companhia. O embaixador dos EUA, Todd Chapman, acredita que a Huawei entregaria dados ao governo chinês através de espionagem.
Para Motta, as acusações carecem de "qualquer fundamento", mas ele relembra que esta é uma desconfiança remontada de décadas. "Recebemos as acusações com naturalidade, visto que acontecem há mais de uma década e sem qualquer fundamento. Temos cibersegurança e privacidade como prioridades máximas. Nossa governança passa por testes em múltiplos centros de transparência globais e regionais. Todo este esforço é o fundamento para a produção de equipamentos confiáveis e seguros para clientes, parceiros e governos", declarou o diretor local da Huawei.
Motta ainda explica que a empresa possui mais de 270 certificados em segurança e privacidade, além de fornecer aos clientes a possibilidade de testes rotineiros para comprovar a eficiência de "blindagem" dos serviços. "É importante enfatizar que tais mecanismos de validação estão abertos ao governo brasileiro também para que possa usar suas próprias ferramentas de teste, sem a opinião infundada de terceiros", garantiu.
A comitiva de oficiais do governo dos EUA continua tentando modificar os planos do Brasil para a instalação da rede 5G, e até ofereceu financiamentos para a compra de equipamentos de quaisquer outros fornecedores que não tenham vínculo com as desconfianças de Trump.
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