System of a Down lança duas músicas novas após 15 anos

'Protect the Land' e 'Genocidal Humanoidz' falam sobre o conflito entre Armênia e Azerbaijão
'Protect the Land' e 'Genocidal Humanoidz' falam sobre o conflito entre Armênia e Azerbaijão
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Existem alguns artistas e bandas que, para os brasileiros, possuem significados muito maiores do que apenas suas músicas. System of a Down era praticamente obrigatório aos jovens roqueiros na virada do milênio, mesmo quando havia discordância de gostos em uma reunião de amigos. "Chop Suey" ou "Toxicity" sempre tocavam em algum momento. Nesta sexta-feira (6), após 15 anos, a banda de heavy metal armênio-americana lançou duas novas músicas, “Protect the Land” e “Genocidal Humanoidz”, ambas com temática política voltada para ao conflito armado entre Armênia e Azerbaijão.

O guitarrista e vocalista Daron Malakian falou sobre a surpresa com tom de seriedade, pois enquanto muitos comemoram o lado bom das novas obras da icônica banda, os confrontos mencionados nas letras seguem intensos. “Provavelmente somos a única banda de rock que tem governos como inimigos, a única banda de rock que está em guerra, então escrevi essas músicas para aumentar a moral de nossas tropas e dos armênios em todo o mundo”, disse o músico.

Ouça Genocidal Humanoidz:

Para apoiar as pessoas com "ajuda crucial e desesperadamente necessária", o System of a Down afirma que todos os royalties ganhos com as vendas de suas músicas mais recentes serão dados à organização de caridade Armenia Fund, que auxilia os necessitados em Artsakh e na Armênia com suprimentos básicos de sobrevivência.

Assista ao clipe de Protect the Land:

Liderado pelo frontman Serj Tankian, que concedeu entrevista recente ao Jornal da Globo para explicar o genocídio armênio, as conquistas anteriores do quarteto incluem um prêmio Grammy de 2006, quatro nomeações adicionais e a distinção de ter três de seus cinco álbuns de estúdio em primeiro lugar na Billboard 200. Apesar da aclamação e sucesso substanciais, o SOAD estava inativo desde 2006.

“Percebemos que, para muitos de vocês, existem maneiras mais convenientes de gostar de ouvir música”, concluiu a nota do grupo, “então, considere a oportunidade de baixar essas músicas como um ato de caridade acima de tudo. A música e as letras falam por si. Precisamos que você fale por Artsakh.”

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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