John Boyega revela apoio de Kathleen Kennedy após apontar racismo em Star Wars
Após fornecer suas considerações sobre o racismo dentro dos novos filmes de Star Wars em entrevista à GQ Magazine de setembro, John Boyega revelou que teve uma longa e transparente conversa com a atual produtora da franquia, Kathleen Kennedy, também presidente da LucasFilm.
À época dos comentários, Boyega expressou frustração com o fato de os personagens não brancos serem "deixados de lado" nas sequências de "O Despertar da Força" (2015), sugerindo que a Disney criou uma relevância exagerada no personagem Finn, interpretado por ele, para se adequar às necessidades da companhia em adentrar nas discussões contra o racismo.
No entanto, Boyega reclama que foi deixado de lado posteriormente para que a companhia pudesse fornecer "todas as nuances" aos personagens de Adam Driver e Daisy Ridley.
Em entrevista recente à BBC, o ator revelou que recebeu um telefonema de Kennedy e que, ao invés de uma discussão negativa, recebeu todo o suporte da produtora. "Tivemos uma conversa muito boa, transparente e honesta que é benéfica para nós dois", disse Boyega.
"Acho que esse tipo de conversa, você pode entrar no reino de soar como se estivesse apenas tentando salvar sua própria carreira, mas o que é ótimo agora é que é uma conversa a qual todos têm acesso. Agora as pessoas podem se expressar sobre isso sabendo que qualquer personagem que amamos, especialmente nessas grandes franquias como Marvel e Star Wars, nós os amamos por causa dos momentos que eles recebem, nós os amamos por causa desses momentos, e eles são momentos heroicos que todos esses produtores decidem para esses personagens, então precisamos ver isso em nossos personagens que talvez sejam negros e de outras culturas”, declarou o intérprete de Finn.
Em junho, Kennedy chamou Boyega de “herói” por um poderoso discurso que proferiu na marcha Black Lives Matter em Londres, após o assassinato de George Floyd por policiais em Minneapolis, nos EUA.