Bob Dylan vende catálogo de músicas por aproximadamente R$ 1,5 bilhão
A Universal Music Publishing Group adquiriu o catálogo inteiro de músicas de Bob Dylan em um acordo que abrange mais de 600 direitos autorais ao longo de 60 anos de carreira, variando de "Blowin' in the wind", de 1962 a "Murder Most Foul”, lançada em 2020. Seu catálogo era administrado anteriormente pela Sony / ATV Music Publishing.
Os termos detalhados da negociação não foram revelados, mas o The New York Times estima que o acordo gira em torno de US$ 300 milhões (aproximadamente R$ 1,5 bilhão), a julgar pela venda de 80% do catálogo de Stevie Nicks na semana passada por US$ 100 milhões, em negociação da Primary Wave.
A influência e o impacto das canções de Dylan não são exagerados: em 2016, ele foi o primeiro compositor a receber o Prêmio Nobel de Literatura, citado pela Academia Sueca "por ter criado novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana".
Suas canções foram gravadas mais de 6.000 vezes nas últimas seis décadas, por uma vasta gama de artistas em todo o mundo, particularmente canções como "Blowin' in the Wind", "The Times They Are a-Changin'", "Like A Rolling Stone”, “Lay Lady Lay”, “Forever Young”, “Knockin 'On Heaven's Door”, “Tangled Up In Blue”, “Gotta Serve Somebody”, a vencedora do Oscar “Things Have Changed” e muito mais.
Desde o lançamento de seu primeiro álbum em 1961, Dylan vendeu mais de 125 milhões de discos ao redor do mundo e faz turnês incessantes desde 1988, realizando mais de cem shows por ano desde então, exceto em 2020, devido à pandemia.
Embora a indústria da música e do entretenimento ao vivo tenham sido profundamente danificados pelo novo coronavírus, a música gravada e a publicação de música provaram ser fortes ativos. As políticas tributárias esperadas do próximo governo Biden aqueceram ainda mais o mercado: nas últimas semanas, artistas como Calvin Harris e The Killers cederam ativos de catálogo a empresas de capital privado, e a Hipgnosis Songs fez um movimento agressivo na indústria, gastando mais de US$ 1 bilhão em catálogos desde meados de 2018, em grande parte por compositores e produtores de sucesso.