Paul McCartney culpa John Lennon pelo fim dos Beatles: 'Não fui eu'
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Paul McCartney decidiu abrir o jogo sobre o polêmico fim dos Beatles há mais de 50 anos. Em um trecho de uma entrevista recente à BBC Radio 4, o músico culpou John Lennon pelo início do processo que culminou na separação da icônica banda britânica.
Considerado o principal culpado do término do grupo por uma porcentagem considerável de fãs, McCartney afirmou que o período da separação foi o mais difícil de sua vida, e interrompeu uma fala do entrevistador John Wilson sobre sua parcela de influência no fim da banda.
“Pare aí mesmo. Não fui eu quem instigou a separação. Não, não, não. John entrou em uma sala um dia e disse que estava saindo dos Beatles. Isso instigou a separação ou não?”, disparou o artista, que ainda acrescentou: "Esta era a minha banda, este era o meu trabalho, esta era a minha vida, então eu queria que continuasse.”
Aos 79 anos, Paul McCartney revelou na entrevista que ele foi "deixado para juntar as peças" ao lado de George Harrison e Ringo Starr, e que ambos foram instruídos a ficarem em silêncio enquanto os negócios pendentes eram concluídos nos bastidores. “Então, por alguns meses, tivemos que fingir”, disse McCartney. “Foi estranho, porque todos nós sabíamos que era o fim dos Beatles. Mas não podíamos simplesmente ir embora.”
McCartney explicou que a decisão de Lennon de deixar a banda foi motivada por sua busca por justiça social, incluindo movimentos como o "bagismo", criado por Lennon e Yoko Ono no final dos anos 60. O casal também realizou
Lennon e Ono também criaram o protesto "Bed-ins for Peace" para promover a paz mundial, deitando-se em quartos de hotel por uma semana para criticar os conflitos armados, particularmente a Guerra do Vietnã. "O objetivo disso realmente era que John estava construindo uma nova vida com Yoko, e ele queria ficar na cama por uma semana em Amsterdã, pela paz", disse McCartney. "Você não poderia argumentar contra isso", completou o artista.
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