Cometa K2 teve aproximação máxima da Terra
Mesmo estando em seu ponto mais próximo, o cometa está a cerca de 270 milhões de quilômetros da terra.
Um dia após a Superlua dos Cervos, o universo proporcionou mais uma atração: o cometa C/2017 K2 teve a sua aproximação máxima da Terra nesta quinta-feira (14). O astro foi localizado e caracterizado pelo programa de exploração PanSTARRS em maio de 2017 e desde então vem sendo monitorado. No entanto, apesar da aproximação, o cometa não foi visível a olho nu.
A origem do cometa é a nuvem de Oort, que é um conjunto hipotético de corpos esféricos localizados a aproximadamente a 30.000 Unidades Astronômicas do nosso planeta (cada unidade vale aproximadamente 150 milhões de km).
O C/2017 K2 tem um diâmetro de aproximadamente 9 km, tornando-o cometa ativo mais distante do sol já observado. Especula-se que a movimentação do cometa seja através da sublimação de CO₂, CO, O₂ e N₂, que pode ocorrer mesmo com níveis muito baixos de radiação solar. Além destes elementos, temos partículas de poeira detectadas ao redor do cometa, porém as partículas são muito grandes para serem empurradas pelos ventos solares, formando assim uma cauda.
A visualização do C/2017 K2 não foi possível já que o mesmo se encontra a uma distância considerável da terra, porém, conforme o observatório nacional, apenas com o uso de instrumentos seria possível enxergar o K2. Confira a postagem oficial do Observatório Nacional:
🗣 “O cometa poderá ser observado com o uso de pequenos telescópios ou até mesmo com lunetas, desde que o observador esteja em locais com pouca poluição luminosa, ou seja, locais mais escuros.
— Observatório Nacional (@Obs_Nacional) July 14, 2022
O corpo celeste foi observado em 2013 pelo observatório Canadá-França-Havaí localizado próximo ao cume do vulcão Mauna-Kea localizado no país, e já se encontrava ativo. De acordo com os dados desta descoberta a atividade do cometa começou a aproximadamente 23,0 Unidades Astronômicas do Sol, encontrando-se entre as órbitas de Urano e Netuno.
O K2 terá o seu periélio, ou seja, o seu ponto mais próximo do sol, no dia 21 de dezembro deste ano, onde alcançará uma distância igual a da órbita do planeta Marte.