Com Brisa e Oto atônitos, Travessia investe no bizarro casamento de Guerra e Guida

Os espectadores de Travessia podem estar diante da primeira novela de terror da televisão brasileira, e o mais curioso é que nada disso foi proposital. Há quem ame e há quem odeie a mais recente trama criada por Glória Perez, mas será difícil encontrar um pensador capaz de explicar algumas das principais decisões da autora na reta final da obra, sobretudo com a ausência de interações pertinentes entre Brisa (Lucy Alves) e Oto (Romulo Estrela) e, para piorar, o acréscimo na intimidade entre Guerra (Humberto Martins) e Guida (Alessandra Negrini). 

Sem delongas, o casal acostumado a viver de aparências chega rapidamente à decisão do casamento nos próximos capítulos, iniciando um conturbado período de revelações sobre o passado, presente e futuro, incluindo a verdade sobre a paternidade de Chiara (Jade Picon), encontrada graças a uma investigação relâmpago de Leonor (Vanessa Giácomo) após permanecer adormecida durante toda a novela. 

Guida tem alguns planos interessantes com a união, mas ainda não está claro se ela realmente vai tirar alguma vantagem da situação ou se entrará para a lista de mulheres enroladas até o pescoço com o azar. Brisa é o maior exemplo disso, mas já é possível prever o quebra-cabeça se resolvendo nos instantes finais. 

Brisa e Oto provavelmente ficarão juntos depois de todos os problemas no miolo de Travessia, e a verdade prevalecerá como fio condutor das principais resoluções na novela das nove.