Aline volta a se destacar em fase sangrenta de Terra e Paixão, e Antônio perde aliados de ouro; veja a análise

Aos olhares mais atentos, já ficou evidente que o poder de fogo só aumenta entre os antagonistas de Terra e Paixão, enquanto as almas sofridas de Aline (Bárbara Reis), Jussara (Tatiana Tiburcio) e demais ícones do sentimento constante de derrota escorregam em repetição, mas é sempre válido ressaltar que nem tudo está perdido. Em uma de suas fases mais sangrentas, a novela das nove dá à sua protagonista a chance de voltar a brilhar, talvez não da forma que todos gostariam. 

Inocentes vão ficar pelo caminho, e novas lágrimas serão derramadas nos próximos capítulos, principalmente porque Aline ganha pouco tempo para comemorar sua vitória contra Antônio (Tony Ramos) na Justiça. Logo após descobrir que poderá resgatar suas terras, a produtora rural reúne os amigos em um bar e imagina apenas o cenário positivo, sem se dar conta que está na mira de um assassino profissional. E desta vez, o patriarca da família La Selva não economiza no capanga. 

Misterioso e aparentemente certeiro quando necessário, o matador acredita estar diante de mais um serviço fácil no currículo, mas não faz ideia dos obstáculos inclusos no desafio. Um deles será Jurecê (Daniel Munduruku), que tem mais uma visão catastrófica envolvendo o assassinato de Aline e, desta vez, a urgência é tão grande que fica impossível aguardar a chegada de alguém para dar o aviso. 

Ao lado de Raoni (Mapu Huni Kui), o xamã tenta armar uma emboscada para impedir a ação do criminoso contratado por Antônio, mas o cenário não será tão propício à ousadia, principalmente porque o novo capanga não quer saber de confronto direto e, por isso, está sempre armado até os dentes. A perseguição até gera resultados no início, mas não demora muito para a dupla Guató perder o matador de vista, abrindo margem para uma cena inquietante programada para os próximos capítulos. 

No meio da comemoração no bar, Aline ficará na mira do assassino, mas, nesta etapa, Caio já terá sido alertado por Jurecê sobre as visões e a perseguição frustrada ao capanga. Outra observação importante gira em torno do afastamento entre Caio e Aline e a consequente promessa feita pelo galã, de se manter longe da amada por um tempo. Tudo parece se juntar em um quebra cabeça glorioso montado e desmontado propositalmente por Walcyr Carrasco, dando ao personagem de Cauã Reymond mais uma chance de provar sua lealdade à protagonista, com ou sem a promessa de afastamento. O mesmo pode ser dito sobre Jonatas (Paulo Lessa), que jamais teria a capacidade de largar o braço da amiga, mesmo se oficializar o relacionamento com Graça (Agatha Moreira) em algum momento. 

Tudo isso acontece durante um momento que deveria ser apenas de celebração. Ao vencer Antônio na Justiça e renovar as esperanças de lucrar com suas próprias terras, a protagonista encara uma realidade totalmente nova e passa a demonstrar um foco redobrado no trabalho, esquecendo brevemente os delírios românticos para se reerguer a ponto de ter condições para se desvencilhar dos ataques covardes do rival. Aliás, ela parece ter conquistado vários inimigos pelo caminho, ou simplesmente mergulhou em uma piscina de azar e não conseguiu mais sair. 

O importante é que Aline volta a se destacar na próxima fase de Terra e Paixão, não apenas pela força de vontade em reconstruir um sonho, mas principalmente porque ela percebe a importância de seus verdadeiros amigos, abrindo mão de parcerias duvidosas e acreditando unicamente na união de bons corações para gerar um negócio sustentável e lucrativo. Para completar, ainda existem riquezas inestimáveis nas terras da protagonista, mas seu plano é completamente oposto ao de Antônio. Para o fazendeiro, parece até óbvio: é só explorar até achar tudo. No caso de Aline, ainda virão mais algumas conversas determinantes com Jurecê responsáveis por dar às terras herdadas de Samuel (Ítalo Martins) um novo sentido, muito mais profundo do que muitos esperam. A nós, espectadores, só resta aguardar.