Discurso contra Trump e vitória esmagadora de La La Land marcam Globo de Ouro

Musicais não costumam fazer parte do gosto absoluto do público mais assíduo de Hollywood, mas isso não foi, nem de longe, um empecilho para as impressionantes sete estatuetas conquistadas por La La Land: Cantando Estações no Globo de Ouro do último domingo (8). O longa-metragem, estrelado por Ryan Gosling e Emma Stone, conseguiu levar para casa todos os prêmios aos quais foi indicado, o que, para os mais entendidos do festival, significa um recorde histórico, superando as seis estatuetas conquistadas pelo clássico Um Estranho no Ninho, em 1975. A dupla de protagonistas, que já esteve junto em outras duas produções do cinema, voltaram com os títulos de Melhor Ator e Melhor Atriz, ambos na categoria de Comédia e Musical.

Além disso, o filme também conquistou troféus de Melhor Comédia ou Musical, Melhor Diretor, entregue a Damien Chazelle, Melhor Roteiro, também para Chazelle, além de Melhor Canção (City of Stars) e melhor trilha sonora original (Justin Hurwitz). Se você está ansioso para conferir o filme, vale ressaltar que a estreia, no Brasil, acontece a partir do dia 19 da janeiro. Assim que segurou a estatueta de melhor filme, o produtor Mark Platt iniciou seu discurso e deixou uma mensagem para todos os presentes e telespectadores: "Sonhemos com mais urgência, vivamos fervorosamente e amemos mais profundamente".

Apesar das constantes críticas de internautas a respeito de discursos políticos que acabam misturando temas mais sérios com entretenimento, é sempre importante uma dose de bom senso e, é claro, discussão saudável em eventos como Globo de Ouro, Oscar, entre outros.

Ontem, quem chamou atenção foi Meryl Streep, que fez questão de fazer algumas menções indiretas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticando o posicionamento contrário aos imigrantes, assim que recebeu o prêmio que homenageou seus feitos durante toda a carreira. No meio do discurso, a artista disse que a América do Norte deve muito aos estrangeiros, incluindo atores de Hollywood. "Não teremos nada para assistir a não ser futebol e artes marciais se você mandar todos eles embora", disparou Streep, fazendo referência a Trump, claramente.