Morte de DG: Comandante das UPPs fala sobre morte do dançarino
O comandante geral das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), coronel Frederico Caldas, afirmou ao canal GloboNews que abriu um inquérito próprio para investigar as condutas dos policiais da UPP do Pavão-Pavãozinho no caso da morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 25 anos, conhecido como DG. Para ele, "a dinâmica da morte ainda não está clara" e será esclarecida a partir da conclusão da necropsia, da perícia de local e dos depoimentos dos agentes.
De acordo com o comandante, policiais receberam denúncia de que havia marginais na localidade conhecida como Quinta Estação, no alto do Morro do Pavão-Pavãozinho, zona sul do Rio. Há cerca de 50 metros do local indicado havia uma barricada e, quando os policiais se aproximaram, houve troca de tiros. "Não houve perseguição ou abordagem, mas uma troca de tiros muito intensa", afirmou Caldas.
Três policiais já prestaram depoimento na 13ª Delegacia de Polícia (Ipanema), no entanto ainda não está claro se eles foram avisados que o corpo de Pereira estava na creche ou se os agentes avistaram o dançarino caído no chão. Segundo Caldas, os policiais aguardaram a chegada da diretora da creche para entrar no espaço. O corpo de DG foi retirado do local por volta das 17h, "quando começaram as manifestações violentas e os policiais foram hostilizados".
"É preciso que haja necropsia e provas técnicas que serão obtidas pela Polícia Civil após a perícia de local para identificar tudo o que aconteceu. As acusações precisam ser apuradas (pela Polícia Civil) e nós (da Polícia Militar) vamos apurar também". Os laudos ficarão prontos em 30 dias. Os depoimentos dos policiais e de testemunhas também ajudarão a esclarecer os fatos.
Para o comandante, a UPP do Pavão-Pavãozinho representa "um desafio muito grande e um risco elevado" por causa da venda de drogas e da localização (na zona sul). O policiamento na região foi reforçado durante a madrugada e será mantida por tempo indeterminado.