É amanhã: Entenda a greve geral que vai parar o Brasil
Cidadãos ficarão sem serviços básicos na próxima sexta-feira, 28
Grande parte dos cidadãos ainda estão se perguntando o porquê da paralisação prevista para a próxima sexta-feira (28), envolvendo diversos setores trabalhistas ao redor do país, mas é preciso entender, de fato, os motivos que levaram a esta drástica decisão, que já começa a ser considerada uma das maiores greves da história do Brasil, com possibilidade de parar a maioria das pessoas em suas casas, sem expediente, sem aulas e sem nenhum serviço básico, dependendo das decisões oficiais dos mais diversos órgãos. Saiba o que vai parar na greve geral.
A Reforma Trabalhista, juntamente com a Reforma da Previdência e as novas regras que liberam a terceirização de todos os serviços, sancionadas em março deste ano, formam a pauta principal de protesto entre os organizadores da grandiosa paralisação de amanhã, mais especificamente na sexta-feira, dia 28 de abril. Uma série de categorias já confirmou a adesão, mas não há como darmos um número ou a lista exata de quais setores e quais órgãos específicos vão interromper as atividades de antemão, até porque já tem um bom tempo desde a última greve geral de proporções semelhantes. Para quem não lembra, outro evento do gênero aconteceu somente em 1996. Correios interrompem atividades.
Segundo o presidente da Cut, Vagner Freitas, não há como negar a possibilidade de estarmos diante da maior greve da história do Brasil, mas também precisamos nos recordar dos fracassos anteriores, sobretudo no século passado. "Tivemos uma grande greve em 1989, outras greves tentamos fazer de lá para cá. Essa acho que vai ter uma adesão muito grande, todos os setores", garante. Já para Ruy Braga, especialista em Sociologia do Trabalho e professor da USP, revela que teme deserções nos últimos instantes, sobretudo por causa das multas aplicadas a todos os trabalhadores que aderem à greve. Ao citar a Reforma da Previdência, Braga revela o potencial óbvio de atração para diversas pessoas aderirem a paralisação.
"Segundo dados IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 80% dos lares brasileiros têm alguém que recebe algum benefício continuado ou Previdência. Isso tem um potencial de gerar indignação muito mais agudo que as outras reformas que foram propostas", dispara. "Acho que vai ser igual a todas as outras que eles fizeram: de manhã vai ser muito forte e, lá pelas 10h, eles começam a liberar. Na hora do almoço, está tudo normal", diz o professor do Departamento de Economia da USP, Hélio Zylberstain. E você, o que tem a dizer sobre a greve geral programada para a próxima sexta-feira (28)? Deixe sua opinião na sessão de comentários.