Greve Geral em Belém: Resumo das manifestações e interdições

Em Belém, as avenidas Almirante Barroso, Magalhães Barata, José Bonifácio e Cipriano Santos foram interditadas pela manhã, deixando o trânsito completamente parado. No cruzamento das avenidas Presidente Vargas e Marechal Hermes, no bairro da Campina, centenas de manifestantes usaram galhos e pedaços de madeira para interromper o fluxo de veículos na via. Confira o resumo geral da greve no país.

Alguns permaneceram no perímetro para garantir que os motoristas não ultrapassem o bloqueio, enquanto outros manifestantes seguiram em direção das praças da República e do Operário. Do outro lado da cidade, após duas horas de manifestação, foram liberadas a rodovia Arthur Bernardes e as avenidas Pedro Álvares Cabral e Augusto Montenegro. O trânsito continua lento, mas não compromete mais o acesso e a saída aos distritos de Icoaraci e Outeiro. Confira os setores que aderiram à greve em Belém do Pará, segundo lista divulgada pelo DOL - Diário Online:

RODOVIÁRIOS

Na manhã de quarta-feira (26), o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Pará reuniram com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) para tentar chegar a um acordo sobre a data-base da categoria, mas ficou no impasse.

Já no início da noite de quinta-feira (27), em assembleia geral, os rodoviários de Belém decidiram não aderir à greve da categoria, enquanto os rodoviários de Ananindeua e Marituba pretendem reunir na sexta-feira (28), possivelmente, a fim de garantir a mesma proposta aceita pelos trabalhadores da capital.

SUPERMERCADOS

O Sindicato dos Trabalhadores em Supermercados do Estado do Pará (Sintcvapa) confirmou adesão da categoria à greve geral.

O local de concentração será no bairro de São Brás, em Belém, em frente à Caixa Econômica localizada na Avenida Governador José Malcher.

BANCÁRIOS

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários decidiram, por unanimidade, aderir à greve geral da classe trabalhadora. A decisão foi tomada em votação na última terça-feira (25).

Belém, Marabá e Santarém são os principais pontos de concentração da categoria (clique aqui e confira os pontos de concentração).

CORREIOS

Após assembleias realizadas na quarta-feira (26) em todo o Brasil, o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Estado do Pará (Sincort) decidiu pela adesão da categoria à greve. Correios pausam atividades no Brasil inteiro.

Independentemente da assembleia, os servidores já haviam decidido participar da manifestação.

DETRAN

O servidores do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) seguem em greve.

A categoria reivindica 20% de reposição salarial, realização de concurso público, fim da terceirização e reforma nas unidades e postos do Detran no interior do Estado.

UNIVERSIDADES

Em assembleia realizada no último dia (05), o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará (Sindtifes) e a Associação de Docentes da Universidade Federal do Pará (Adufpa), que envolvem os funcionários e os professores, decidiram pela greve geral das categorias.

Os técnicos-administrativos da Universidade Federal do Pará (UFPA) foram unânimes na votação pela deflagração de greve e a concentração dos trabalhadores será na Praça da República, em Belém, a partir das 09h.

PROFESSORES

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) decidiu que a categoria entrará em greve a partir do dia 03 de maio.

A decisão foi tomada na quarta-feira (26), em assembleia-geral da categoria, em Belém, em razão, principalmente, da campanha pelo reajuste salarial, congelado desde 2015.

Além disso, em carta aberta publicada no dia 18 de abril, o Sintepp confirmou a adesão dos servidores de Belém ao movimento, e a concentração em ato unificado na Praça da República, a partir das 09h.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalhadores da construção civil também devem decidir em reunião se aderem ao movimento.

URBANITÁRIOS

Na página do Sindicato dos Urbanitários foi veiculado um informativo da categoria sobre a paralisação.

AGROPECUÁRIA

Na última semana, servidores da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), Centrais de Abastecimento do Estado do Pará (Ceasa), Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) paralisaram por dois dias.

Os servidores cobram do governador Simão Jatene (PSDB) o reajuste salarial de 11,5%, cujo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Público Agropecuário e Fundiário do Pará (Stafpa), Otoniel Chagas, que representa os trabalhadores, afirma que o governo Jatene impõe o maior arrocho da história do servidor público do Estado do Pará.

EMBRAPA

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), que representa os trabalhadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e empresas estaduais de pesquisa também aderiu à greve geral.

No Pará, a categoria também decidiu, em assembleia realizada na quarta-feira (26), que deve realizar protestos em frente à sede da Embrapa, em Belém, e que distribuirá uma tonelada de frutas (banana e abacaxi) para a comunidade do entorno da instituição.

PILOTOS E COMISSÁRIOS DE VOO

Pilotos e comissários de voo decidiram não aderir à greve geral, e encerrar movimentações para qualquer tipo de paralisação próxima, informou o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). A categoria havia entrado em estado de greve na quarta-feira (26) e ameaçava paralisar os principais aeroportos no País.

Fonte: DOL