Após Twitter, outras redes sociais excluem vídeos de Bolsonaro
Várias redes sociais estão trabalhando em conjunto para combater a desinformação em relação à pandemia do novo coronavírus, como Facebook, Twitter, Google, entre outros. Com esta justificativa, o Twitter excluiu ontem (29) algumas postagens feitas no perfil oficial do presidente Jair Bolsonaro. E hoje (30), o Facebook também excluiu posts do presidente.
De acordo com a organização, o Facebook e o Instagram optaram por excluir o vídeo em que o presidente aparece conversando com ambulantes na região do Distrito Federal na manhã de domingo. Em nota, a empresa informou "Removemos conteúdo no Facebook e Instagram que viole nossos Padrões da Comunidade, que não permitem desinformação que possa causar danos reais às pessoas".
O Presidente foi contrário às medidas informadas pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de priorizar o isolamento social quando saiu na manhã de domingo (29) pelo comércio de regiões próximas à Brasília. Em sua visita, Bolsonaro cumprimentou apoiadores, conversou com comerciantes locais e tirou fotos com crianças. Durante uma das conversas, o presidente diz: "Aquele remédio lá, hidroxicloroquina, está dando certo em tudo o que é lugar".
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Entretanto, o uso de hidroxicloroquina está em fase de estudos e não tem eficácia comprovada para o combate ao COVID-19. O medicamento é de utilização frequente para pessoas com lúpus e outras doenças.
De acordo com as empresas, o teor dos vídeos compartilhados pelo presidente vão contra as regras de uso da plataforma por potencialmente "colocar as pessoas em maior risco de transmitir COVID-19".
Os filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, também tiveram as publicações relativas ao vídeo deletadas pelas plataformas.