Tempos de mudança para Bob Dylan
O tempo é uma das forças que o ser humano talvez nunca consiga entender e dominar por completo, as vezes ele passa devagar, as vezes a gente nem percebe que o presente já não está mais aqui. Bob Dylan, essa semana, teve algumas experiências que certamente fizeram ele ficar preso nesse limbo.
Após anunciar sua nova música “Murder Most Foul” - a primeira inédita em oito anos e com 17 minutos de duração -, Dylan recebeu a dura notícia que seu ídolo John Prine, lenda da música country e folk, havia morrido em decorrência do coronavírus aos 73 anos.
Poucas horas depois, veio outra notícia inédita na vida de Bob Dylan: uma canção dele, pela primeira vez na história, aparecia na primeira posição de um ranking da Billboard.
Parece estranho e uma inverdade, eu sei, mas é um fato: “Like a Rolling Stone”, “Hurricane”, “The Times They Are A-Changin”, “Blowin’ In The Wind” e tantas outras músicas que viraram uma obra literária com o passar do tempo, e que renderam à Dylan até um Nobel de Literatura, nunca o levaram a um simples topo de um ranking da Billboard.
Quando Dylan escreveu os versos de “Masters of War”, “The Times They Are A-Changin” ou de “Blowin’ In The “Wind”, ele tinha passado por experiências difíceis causadas por tempos de guerra. Agora ele, e principalmente nós, teremos que lembrar que: “For the times they are a-changin' (Pois os tempos estão mudando)”, os tempos são de mudanças, serão difíceis, mas há aprendizado em tudo isso.
Hoje com 78 anos, Bob Dylan estava em turnê mundial quando a crise do Coronavírus estourou, ele teve que pausar para se resguardar. Há shows confirmados ainda em sua agenda oficial, mas certamente sofrerão alterações nas datas.
Confira os 17 minutos brilhantes de Murder Most Foul: