De portas fechadas pela primeira vez, Copacabana Palace mantém serviço das camareiras
Em seus 97 de existência, o Copacabana Palace jamais havia fechado as portas, mas desta vez a situação delicada em meio à pandemia do coronavírus fez com que o histórico hotel interrompesse as atividades no Rio de Janeiro, mantendo apenas dois moradores: a administradora do espaço, Andrea Natal, e Jorge Ben Jor, que estabeleceu residência no hotel há dois anos.
Natal afirma que, em março, a previsão de ocupação dos quartos era de 70%, mas o fechamento ficou em 36%. "Até começamos bem, mas a partir de meados do mês, quando o turismo global começou a ser mais afetado, com muitos cancelamentos de voos, a queda foi abrupta. Isso justamente num ano que começou promissor", disse a diretora geral do Grupo Belmond do Brasil, ressaltando os ótimos resultados obtidos durante o período de carnaval, que segundo ela foi inesquecível.
A decisão acompanha o fluxo de pelo menos 60 hotéis cariocas, segundo levantamento oficial da Associação Brasileira de Hotéis (ABIH), mas não impede que Natal mantenha o ritmo de limpeza nos 293 quartos. Segundo ela, as camareiras continuarão o serviço, limpando os quartos, abrindo portas e janelas pela manhã e fechando-as pela noite, diariamente, como feito de costume. Já as roupas de cama, louças, aparelhos eletrônicos e outros itens serão catalogados e guardados por tempo indeterminado.
"Será uma grande oportunidade também de fazer um amplo balanço das coisas do Copa, que nunca poderíamos fazer em outros momentos", disse Natal, comparando a catalogação dos itens com limpezas pesadas que se fazem em casa. "[...] temos que tirar tudo do lugar para guardar em caixas, e acabamos descobrindo um monte de coisas de que não precisamos", disse a administradora do local, também garantindo que haverá uma série de mudanças na reinauguração, prevista para o final de maio.