Dólar se aproxima de R$ 6 em novo recorde após demissão de Sergio Moro
O dólar atingiu novo recorde nominal nesta sexta-feira (24) durante o comunicado de Sergio Moro sobre sua demissão do cargo de ministro da Justiça, chegando a R$ 5,7173 na máxima, até o fechamento desta matéria. A proximidade da faixa dos R$ 6,00 já era esperada, sobretudo com a iminência do desligamento de Moro após publicação no Diário Oficial da União que constatava a exoneração de Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federal, ato partido diretamente do presidente Jair Bolsonaro e encarado com total repúdio pelo ex-ministro, que apresentou um breve histórico de seu desempenho no cargo, agradeceu pela oportunidade mas foi contundente ao criticar a medida desesperada do presidente.
Além da alta no dólar, o Ibovespa acelerou as perdas e caiu mais de 9% na tarde desta sexta, e aumenta a circulação de notícias referentes ao futuro desligamento do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, em mais um possível escândalo gerado pelas decisões arbitrárias de Bolsonaro, aparentemente mais interessado em satisfazer os desejos pessoais, afastando mistérios ainda sem respostas sobre sua integridade política e escondendo os verdadeiros motivos de suas escolhas conturbadas diante do cenário caótico gerado pela pandemia do novo coronavírus, que, sozinho, já é devastador, e com o presidente brasileiro, é um desafio bélico aterrorizante.
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Guedes, por sinal, faria uma transmissão ao vivo com o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, mas desistiu devido ao clima provocado pelo afastamento de Valeixo e a consequente demissão de Moro, que confessou, ao final do discurso, que aproveitaria para descansar após empacotar seus arquivos no ministério.