Usuários do Rotten Tomatoes elegem "Dark" a melhor série original da Netflix
As probabilidades pareciam caminhar contra a série "Dark", da Netflix, na premiação popular realizada pelo Rotten Tomatoes, mas após diversos rounds, a produção alemã conseguiu superar títulos de grande popularidade, como Stranger Things na "semifinal" e "The Crown", "Mindhunter" e "Peaky Blinders" nas etapas anteriores, até chegar à final com uma vitória esmagadora sobre a rival "Black Mirror", que somou apenas 20%.
Foram mais de 2,5 milhões de votos registrados em todas as fases da disputa e, segundo o Rotten Tomatoes, a ação poderá servir como inspiração para as maratonas durante a pandemia da Covid-19 e também reforça as qualidades de "Dark" como uma produção quase obrigatória para os fãs de drama, suspense e ficção científica, ambos presentes na narrativa da série.
Mais interessante ainda é o fato de que a série é falada em alemão, ponto costumeiramente crucial para inserir uma produção cinematográfica em desvantagem no âmbito popular, sobretudo porque a indústria norte-americana detém enorme poder sobre a padronização mundial de filmes, séries e programas de TV para os espectadores.
Trata-se de uma vitória grandiosa e merecida para "Dark", essencialmente uma série sobre viagem no tempo na cidade fictícia de Winden, na Alemanha, onde três anos específicos (1953, 1986 e 2019) representam dois ciclos de 33 anos em saltos de tempo possibilitados por um buraco de minhoca, teoria de 1935 criada por Albert Einstein e Nathan Rosen sobre as formas hipotéticas de se viajar no tempo. A existência de um buraco de minhoca em uma caverna de Winden está atrelada às ações de uma usina nuclear responsável por desastres de enormes proporções na série.
Emblemática e misteriosa, "Dark" mostra, pouco a pouco, as histórias por trás dos estranhos desaparecimentos na pacata cidade alemã e incentiva o espectador a raciocinar sobre as possibilidades atreladas à viagem no tempo e aos destinos de cada personagem.