Após nova alta, dólar pode atingir R$ 6 no final de semana, indicam previsões
O dólar voltou a operar em alta nesta quinta-feira (7), atingindo R$ 5,87 na máxima e estabilizando em R$ 5,83 no início da tarde, mas de acordo com especialistas da área financeira, a previsão é de que a moeda norte-americana fique ainda mais valorizada em território brasileiro nos próximos dias. A alta ocorreu após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, em reduzir a taxa de juros básica (Selic) de 3,75% para 3% ao ano, fator primordial para a alta no dólar, de acordo com o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, que aponta a iminência de um estresse elevado no mercado de câmbio frente a pouca eficiência da redução dos juros.
Apesar disso, o Banco Central tomou a medida como atitude emergencial diante dos riscos estudados pela equipe. A meta, para alguns dos membros do Comitê, era reduzir mais do que 0,75% nos juros, o que também poderia gerar consequências explosivas no mercado financeiro. O dólar havia encerrado a última quarta-feira (6) avaliado em R$ 5,70, com alta de 1,96% no dia e acúmulo de 4,84% no mês. No ano, a alta já atinge 42,23%.
A diminuição na taxa Selic também reduz as diferenças de taxas entre o Brasil e os demais países. Como resultado, a competitividade do país é prejudicada, sobretudo no período em que a saída de recursos é muito mais alta do que o normal nos mercados emergentes.
Nesta quinta, o ministro da Economia Paulo Guedes afirmou, em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, empresários e outros ministros, que a economia começou a entrar em colapso.
"A informação que nós tivemos é que, embora tenhamos lançado dois ou três meses de proteção, talvez os sinais vitais não sustentem por tanto tempo. Talvez vamos ter um colapso antes. Quando a indústria nos passou esse quadro, estamos sempre em contato, sempre disseram que conseguiram preservar os sinais vitais. Mas agora nos disseram que está difícil. A economia está começando a colapsar. Não queremos virar a Venezuela e nem a Argentina", disparou o ministro.