Saiba os nomes cotados para o Ministério da Saúde após demissão de Nelson Teich
O Ministério da Saúde vive uma crise intensa em meio à pandemia da Covid-19, e em menos de um mês perdeu duas vezes os nomes por trás do cargo principal. Luiz Henrique Mandetta foi demitido pelo presidente da república Jair Bolsonaro e agora, com o pedido de demissão repentino de Nelson Teich, pediu força ao SUS, paciência e fé à população através de publicação nas redes sociais.
O caos instaurado no ministério levanta questionamentos sobre quem deve preencher o cargo, e entre os nomes, destaca-se o general Eduardo Pazuello, nomeado secretário-executivo da pasta no dia 22 de abril. As informações foram levantadas por Robson Bonin no Radar Online, especializado em notícias nos bastidores de Brasília. Entre os nomes cotados, também estão Claudio Lottenberg, presidente do Conselho Deliberativo do Hospital Israelita Albert Einstein, o médico e deputador federal Osmar Terra, e a médica imunologista e oncologista Nise Yamaguchi.
Lottenberg aparecia como um dos cotados para substituir Luiz Henrique Mandetta, mas negou que teria recebido o convite. Ele defende um modelo de isolamento social "mais inteligente" que, teoricamente, não prejudicaria tanto a economia. Questionado na época sobre a possibilidade de assumir o ministério da Saúde, ele foi enfático: "Vou considerar se for uma convocação de natureza técnica e boa para o Brasil. Se tiver política, eu não sou a pessoa", garantiu em entrevista ao jornal O Globo.
Nesta semana, Yamaguchi ganhou apoio de bolsonaristas ao defender o uso de cloroquina e hidroxicloroquina nos tratamentos para Covid-19, sob prescrição médica. "O médico faria uma avaliação clínica e prescreveria a medicação, e o paciente seria acompanhando por telemedicina. Agora, um paciente que tem 92 anos, com coronavírus, se for tomar, tem que tomar dentro de um hospital, óbvio”, explicou a médica em entrevista à CNN na quarta-feira (13). O apoio ao uso da cloroquina, sem dúvida, é um fator de ouro para que Bolsonaro opte pela escolha de Yamaguchi, mas também pesa a relação de confiança do presidente com o general Pazuello.