Blackout Tuesday: Artistas e grandes empresas da música aderem ao movimento

Campanha foi encabeçada por grandes companhias do ramo musical
Campanha foi encabeçada por grandes companhias do ramo musical
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Nesta terça-feira (2), as manifestações contra o racismo ganharam ainda mais força com o movimento "Blackout Tuesday", que reúne publicações com imagens completamente pretas nas redes sociais, sobretudo no Instagram, onde vários artistas e empresas do ramo do entretenimento impulsionam suas posições de influência para conferir à luta do povo um poder estrondoso, também levantando as hashtags "#VidasNegrasImportam", "#BlackLivesMatter" e "#TheShowMustBePaused", alertando para a necessidade de se posicionar diante do grave momento de desigualdade e, ainda por cima, no meio de uma pandemia. 

Organizado por empresas do setor musical, o movimento ganhou repercussão rapidamente e passou a ser utilizado não apenas pelos grandes nomes da indústria, mas, também, por artistas de média e pequena expressão ao redor do mundo. A Apple Music decidiu apagar todas as publicações no Instagram, deixando apenas os novos posts referentes à luta por igualdade, afirmando que usaria esta terça-feira para reflexão. Infelizmente, na sessão de comentários é possível encontrar centenas de pessoas furiosas com a manifestação da empresa e demonstram facetas preconceituosas diante do caótico cenário. "Já posso pedir reembolso então?", disparou um seguidor, seguido por vários outros que utilizam a hashtag "AllLivesMatter" na tentativa de desmerecer a luta. 

O Spotify também aderiu à campanha e chegou a dizer que iria inserir 9 minutos de silêncio entre as faixas disponíveis na plataforma, fazendo referência ao tempo que George Floyd permaneceu imóvel sob o joelho do policial responsável por sua morte. Várias outras empresas, como a Universal Music, Capitol e a Interscope Records também aderiram à campanha, assim como as brasileiras Som Livre, Ingrooves Brazil, UBC e a Deezer Brasil também compraram a ideia e aderiram ao movimento. 

A situação está ganhando proporções históricas e, sem dúvida, levarão diversos países a confrontos intensos que podem desencadear em resultados catastróficos para aqueles que defendem o preconceito, a desigualdade e a violência gratuita com base em aspectos raciais. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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