Blackout Tuesday: Artistas e grandes empresas da música aderem ao movimento
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Nesta terça-feira (2), as manifestações contra o racismo ganharam ainda mais força com o movimento "Blackout Tuesday", que reúne publicações com imagens completamente pretas nas redes sociais, sobretudo no Instagram, onde vários artistas e empresas do ramo do entretenimento impulsionam suas posições de influência para conferir à luta do povo um poder estrondoso, também levantando as hashtags "#VidasNegrasImportam", "#BlackLivesMatter" e "#TheShowMustBePaused", alertando para a necessidade de se posicionar diante do grave momento de desigualdade e, ainda por cima, no meio de uma pandemia.
Organizado por empresas do setor musical, o movimento ganhou repercussão rapidamente e passou a ser utilizado não apenas pelos grandes nomes da indústria, mas, também, por artistas de média e pequena expressão ao redor do mundo. A Apple Music decidiu apagar todas as publicações no Instagram, deixando apenas os novos posts referentes à luta por igualdade, afirmando que usaria esta terça-feira para reflexão. Infelizmente, na sessão de comentários é possível encontrar centenas de pessoas furiosas com a manifestação da empresa e demonstram facetas preconceituosas diante do caótico cenário. "Já posso pedir reembolso então?", disparou um seguidor, seguido por vários outros que utilizam a hashtag "AllLivesMatter" na tentativa de desmerecer a luta.
O Spotify também aderiu à campanha e chegou a dizer que iria inserir 9 minutos de silêncio entre as faixas disponíveis na plataforma, fazendo referência ao tempo que George Floyd permaneceu imóvel sob o joelho do policial responsável por sua morte. Várias outras empresas, como a Universal Music, Capitol e a Interscope Records também aderiram à campanha, assim como as brasileiras Som Livre, Ingrooves Brazil, UBC e a Deezer Brasil também compraram a ideia e aderiram ao movimento.
A situação está ganhando proporções históricas e, sem dúvida, levarão diversos países a confrontos intensos que podem desencadear em resultados catastróficos para aqueles que defendem o preconceito, a desigualdade e a violência gratuita com base em aspectos raciais.
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