Mark Zuckerberg diz que não irá interferir em publicações de Donald Trump e provoca demissão de funcionários do Facebook
Mesmo antes de se eleger presidente dos EUA, Donald Trump já mostrava que não estava para brincadeiras e utilizaria à seu favor toda e qualquer ferramenta que o erguesse ao poder. Em tempos de tecnologia, ele abraços as redes sociais, caminho utilizado por outros políticos como, por exemplo, Jair Bolsonaro. Suas postagens eram tudo, menos brandas.
Discursos inflamados, ataques diretos aos opositores sempre fizeram parte de sua estratégia. Nada mudou após ocupar a função de líder daquele país, pelo menos não para a melhor. Contudo, nesta terça-feira, 02, Mark Zuckerberg, executivo-chefe do Facebook, anunciou que não irá interferir de forma alguma nas publicações de Trump, o que causou muita revolta entre seus funcionários.
Atualmente, os Estados Unidos tem vivenciando momentos tensos, principalmente após o surgimento de várias manifestações antirracistas em todo seu território. Revoltada, parte da população norte americana saiu às ruas em atos pacíficos e em alguns casos não tão pacíficos do ‘Black Lives Matter’ (Vidas Negras Importam, aqui no Brasil), após a morte de George Floyd por um policia.
O povo chegou a encurralar o líder americano na própria Casa Branca, o obrigando a fugir e se esconder. Como resposta a afronta, Donald Trump optou por agir de forma rígida, tomando uma postura agressiva. Com isso, até mesmo suas postagens nas redes sociais passaram a ter um tom mais violento, algo que está desagradando muita gente, incluindo os funcionários do Facebook, que exigiram uma postura de seu chefe.
Na última segunda-feira, 01, centenas de funcionários fizeram uma “paralisação” como forma de protesto, o que obrigou Mark Zuckerberg a antecipar uma reunião para discutir sobre sua postura em relação aos posts do líder americano. O executivo anunciou que não vai interferir em nada, pois, de acordo com áudio enviado ao The New York Times, seria melhor deixar as coisas como estão, seguindo os princípios de liberdade de expressão do Facebook.
A decisão não agradou e muitos funcionários da empresa pediram demissão publicamente. O clima interno do grupo já estava abalado há alguns dias, principalmente após o Twitter, rival do Facebook, tomar um caminho oposto, adicionando nas postagens de Trump observações de que as falas do presidente enalteciam a violência.