Queda brusca do dólar anima investidores mais otimistas com a retomada econômica
O dólar continua operando em queda nesta quarta-feira (3) após ter registrado a maior queda diária em quase 2 anos. Cotada a R$ 5,0241 no início da tarde, a moeda norte-americana registrou 3,60% de queda e anima investidores em meio ao clima de otimismo para a retomada econômica global. É claro que, ao analisar um contexto mais amplo, o cenário político conturbado sobe na balança.
Apesar disso, os investidores percebem um afrouxamento da possibilidade de consequências mais bruscas ao presidente Jair Bolsonaro em meio à flexibilização da quarentena e dissipação das tensões domésticas, mesmo com a turbulência gerada pela onda de protestos nos Estados Unidos, após a morte de George Floyd, e no Brasil, com a morte do garoto João Pedro, ambas provocadas pela polícia.
Economia brasileira terá sérios desafios pela frente
A desigualdade social no Brasil ficou claramente exposta durante a pandemia, o que passa a gerar discussões sobre o balanço econômico e social nas políticas do Estado. Superar a crise não vai ser fácil, e espera-se que ao final do ano, os resultados sejam os piores da história, e as condições de sustento serão precárias para os mais vulneráveis.
Será necessário encontrar soluções eficientes para garantir as retomadas fiscais e continuar investindo nos auxílios aos desamparados, principalmente em um momento de alta taxa de desemprego e falência de negócios de vários portes, o que torna ainda mais complexa a tarefa do governo daqui em diante, não apenas para o Brasil, mas, também, para a maioria dos países, a exemplo dos Estados Unidos.
Segundo o Relatório de Empregos no Setor Privado ADP, os EUA perderam 2,76 milhões de vagas em maio. Em abril, o país já havia registrado queda de 19,6 milhões de empregos, o pior resultado já registrado na história da ADP, que reforça a continuidade do impacto direto da pandemia nos negócios e, consequentemente, nos empregos.