MPF solicita à PF que investigue protesto que lançou fogos contra prédio do STF
Neste sábado (13), mais uma manifestação em Brasília pró-governo Bolsonaro e favorável a medidas inconstitucionais e antidemocráticas ocorreu na cidade, e os manifestantes lançaram fogos de artifício em direção ao prédio do STF. O grupo ofendeu os integrantes do Supremo e, em tom de ameaça, perguntaram se ministros haviam "entendido o recado".
Com a ação, o Ministério Público Federal (MPF) enviou, neste domingo (14), uma solicitação de inquérito à Polícia Federal para investigar o caso e diz na nota que "os atos podem ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional, nos crimes contra a honra, além da Lei de Crimes Ambientais por abranger a sede do STF, situada em área tombada como Patrimônio Histórico Federal".
Na solicitação, o MPF indica ser feita a perícia no local para identificar danos e os responsáveis pelo ato e tramita em caráter de urgência e sigilo. Ao todo, estavam no local cerca de 30 pessoas com concentração de cerca de cinco minutos em frente ao prédio do STF gritando xingamentos. Vídeos circularam nas redes sociais sobre o ato, em um deles, um integrante do movimento cita o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), chamando-o de "comunista safado" e que os fogos também eram para ele.
Há pouco, grupos de manifestantes do acampamento "300 pelo Brasil" lançou fogos de artifício em direção ao Supremo Tribunal Federal, na Esplanada dos Ministérios. O governador do DF, Ibaneis Rocha, decretou o fechamento da Esplanada dos Ministérios para evitar ataques. pic.twitter.com/8wYbY8rOba
— Renato Souza (@reporterenato) June 14, 2020
No mesmo dia, o acampamento de apoiadores do presidente, montado na Esplanada dos Ministérios, foram desmontados em uma operação coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP) e o DF Legal. Ainda no sábado, Ibaneis Rocha assinou o fechamento da Esplanada dos Ministérios para pedestres e veículos desde a meia-noite até as 23h59 de hoje, no intuito de evitar as aglomerações de protestos, mesmo assim cerca de 50 pessoas conseguiram furar o bloqueio.