Nuvem de gafanhotos não é vetor de doenças; Entenda a 'praga' que se aproxima do Brasil
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O Ministério da Agricultura segue em clima máximo de preocupação com a nuvem de gafanhotos que chegou à Argentina e começa a se aproximar do Brasil. A ministra Tereza Cristina informou nesta quarta-feira (24) que foi montado um plano ministerial para acompanhamento da "praga", sobretudo depois que as autoridades do governo argentino noticiaram a proximidade da fronteira com o Rio Grande do Sul na rota dos insetos.
Apesar dos especialistas reforçarem que a nuvem não traz riscos diretos aos humanos, já que os gafanhotos se alimentam de vegetais e não são vetores de doenças, a preocupação maior gira em torno dos riscos de devastação de lavouras agrícolas. De acordo com um relatório do Ministério da Agricultura da Argentina, a espécie que avança na América do Sul já causou severos danos à produção agrícola do país nos anos 60 e voltaram a "atacar" a região em 2015, 2017 e 2019.
A nuvem de gafanhotos, entretanto, faz parte de um comportamento natural dos insetos, que utilizam o agrupamento como forma de manter as chances de reprodução mais altas. "Se encontram condição de reprodução, sobrevivência e alimentação, elas se agregam mais, para ter mais chances de se reproduzir", explica o doutor em ecologia, Ivo Pierozzi Júnior, em entrevista ao G1 sobre os riscos motivos da nuvem de gafanhotos.
Em sua conta no Twitter, Tereza Cristina afirma que "está acompanhando a situação para que sejam tomadas as medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região", também destacando um plano de monitoramento para acompanhar o deslocamento dos gafanhotos. A gente espera que ele não chegue ao Brasil, mas todas as ações que podem ser tomadas, já tem um grupo de acompanhamento e as ações que podem ser implementadas caso isso aconteça", disse a ministra da Agricultura no comunicado oficial.
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