Criadores de "Stranger Things" e Netflix enfrentam processo por suposta violação de direitos autorais

O processo alega que a ideia da aclamada série da gigante do streaming foi roubada de um roteiro chamado 'Totem'.
O processo alega que a ideia da aclamada série da gigante do streaming foi roubada de um roteiro chamado 'Totem'.
Carol Souza
Por Carol Souza

A Netflix e os criadores da aclamadíssima série "Stranger Things", Matt e Ross Duffer, estão sendo processados ​​por uma empresa que diz que a ideia de um dos maiores sucessos da plataforma foi roubada de um roteiro chamado "Totem".

Um processo movido pela Irish Rover Entertainment nesta última quarta-feira (15) no tribunal federal da Califórnia alega que "Stranger Things" copiou vários elementos de "Totem", um roteiro escrito por Jeffrey Kennedy. O processo alega ainda que o programa da Netflix roubou a "trama, sequência, personagens, tema, diálogo, humor e cenário, além da arte conceitual com direitos autorais" de "Totem".

Conforme relata o portal TheWrap, "a ideia para 'Totem' surgiu após a morte do amigo de infância de Kennedy, Clint Osthimer, que sofria de epilepsia". "Durante a infância juntos na zona rural de Indiana", o processo diz: "Osthimer e Kennedy lidaram com a constante ameaça do 'demônio pessoal' de Osthimer, a epilepsia, que criou 'pancadas de raios' em seu cérebro. Essas tempestades com raios, ou convulsões, o mandavam para um plano sobrenatural alternativo onde o demônio residia".

A Irish Rover Entertainment afirma que os dois projetos estão conectados por um homem chamado Aaron Sims, que trabalhou em estreita colaboração com Kennedy durante o desenvolvimento de "Totem". A empresa diz que o elo de ligação é o fato de que Sims foi contratado para criar a arte conceitual para as duas primeiras temporadas de "Stranger Things".

Comparando os dois programas, o processo diz que um dos personagens de "Totem" é "uma garotinha chamada Kimimela ou" Kimi ", em abreviação, que tem poderes sobrenaturais. Kimimela ajuda seus amigos a encontrar o portal para um plano sobrenatural alternativo e os ajuda a combater os habitantes deste plano; um espírito sombrio chamado Azrael e seu exército de Blackwolf".

Em comparação, o processo descreve "Stranger Things" dizendo: "Em 'Stranger Things', um dos personagens é uma menininha chamada Eleven ou" El ", em abreviação, com poderes sobrenaturais. Eleven ajuda seus amigos a encontrar o portal para um plano sobrenatural alternativo e os ajuda a combater os habitantes deste plano; um monstro das sombras e seu exército de Demogorgon".

Em resposta ao processo, um representante da Netflix disse ao TheWrap: "O Sr. Kennedy tem explorado essas teorias conspiratórias absurdas há anos, embora a Netflix tenha explicado repetidamente a ele que os Duffer Brothers nunca ouviram falar dele ou de seu roteiro não publicado até que ele começou a ameaçar processá-los".

A declaração segue dizendo: "Depois que nos recusamos a ceder às suas demandas por uma recompensa, ele entrou com essa ação infundada. Não há escassez de pessoas que gostariam de reivindicar crédito para a criação de 'Stranger Things'. Mas a verdade é que o programa foi concebido de forma independente pelos irmãos Duffer e é o resultado de sua criatividade e trabalho duro".

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que os irmãos Duffer são processados ​​pela criação de "Stranger Things". Em 2018, a dupla foi acusada de roubar o conceito do programa pelo cineasta Charlie Kessler, que produziu um curta-metragem em 2012 chamado "Montauk" e alegou que ele e seus agentes lançaram a ideia de transformá-lo em uma série completa para os Duffer Brothers em abril de 2014. Apesar do processo, Kessler desistiu do mesmo no dia anterior ao julgamento.

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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