Geraldo Alckmin tem R$ 11,3 milhões em bens bloqueados pela Justiça
Em resposta a um pedido direto da Polícia Federal, a 1ª Zona Eleitoral de São Paulo determinou nesta quarta-feira (5) o sequestro de bens e de valores em contas de Geraldo Alckmin, ao limite de R$ 11,3 milhões. No final de julho, o ex-governador de São Paulo vinculado ao PSDB afirmou que a denúncia feita pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) é infundada. Ele é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica e responde à ação penal por suposto caixa dois pago pela Odebrechht, em 2010 e 2014.
Segundo comunicado da PF, a decisão também inclui sequestro de valores sobre imóveis e valores constantes nas contas do ex-tesoureiro do PSDB, Marcos Monteiro, e o ex-assessor do governo, Sebastião Alves de Castro. Após a denúncia, o inquérito foi concluído no final de julho, resultando no indiciamento de Alckmin, que passou a ser encarado como réu após decisão do juiz Marco Antonio Martin Vargas. Ao todo, o ex-governador teria recebido R$11,3 milhões da Odebrecht: R$ 2 milhões na campanha eleitoral de 2010, e R$ 9,3 milhões na campanha de reeleição, em 2014, afirma a acusação.
A justificativa do sequestro dos bens está diretamente ligada ao ressarcimento dos cofres públicos com um valor aproximado ao que o ex-governador teria fraudado em caixa dois. Vargas concluiu que o bloqueio é uma medida "plausível e necessária a impedir a dilapidação patrimonial e assegurar a eventual reparação futura dos bens, bem como a efetividade de uma eventual e futura persecução criminal".
Enquanto isso, o PSDB mantém postura de apoio e confiança em relação ao réu. Em comunicado emitido no dia 30 de julho, por exemplo, o presidente do partido, Marco Vinholi, reiterou sua "confiança na idoneidade do ex-governador Geraldo Alckmin" e afirmou que acredita em um esclarecimento dos fatos pela Justiça ao final do processo.