Após veto de reajuste salarial derrubado pelo Senado, Dólar supera R$ 5,65 e estremece economia

Nesta manhã de quinta-feira (20), o dólar turismo era negociado ao redor de R$ 5,93
Nesta manhã de quinta-feira (20), o dólar turismo era negociado ao redor de R$ 5,93
Bruna Pinheiro
Por Bruna Pinheiro

Na noite de quarta-feira (19), o Senado derrubou o veto que proibia a concessão, até a data de 31 de dezembro de 2021, de reajustes e vantagens à servidores das Forças Armadas, Segurança Pública, educação e saúde envolvidos no combate à pandemia da COVID-19. A ação foi uma derrota para governo e a medida segue para apreciação dos deputados.

O veto gerou um abalo significativo na economia brasileira, fazendo com que o mercado financeiro iniciasse nesta quinta-feira (20) o pregão com queda de 1% do Ibovespa Futuro, perdendo 100 mil pontos com exterior. Além disso, o dólar chegou a superar o câmbio de R$ 5,65. O Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED) viu com pessimismo a derrubada do veto pelo Senado, sendo uma grande derrota para o governo Bolsonaro. O FED e o Banco Central Norte-Americano afirmaram que o retorno da economia dos Estados Unidos pós-COVID é incerto, deixando o mercado mais cauteloso.

Até o momento, às 13h08, a moeda norte-americana subia 1,90%, chegando a ser vendida a R$ 5,6335. Na máxima, até o momento registrada, chegou ao valor de R$ 5,6730. Já o dólar turismo era negociado ao redor de R$ 5,93. No momento, a moeda é cotada agora por R$ 5,60.

A votação pela Câmara dos Deputados iniciará às 15h, e o líder do governo na casa, Dep. Ricardo Barros do PP-PR, confia em manutenção do veto. Empossado nesta semana, o deputado tem como missão alinhar as expectativas do Governo com as dos deputados que votarão. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), crê ser é "muito importante" a Casa manter o veto do presidente Jair Bolsonaro ao reajuste para servidores.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou por meio de sua assessoria de imprensa, que está preocupado com a possível derrubada do veto e suas consequências para as contas públicas. O jornal “Folha de S.Paulo”, informou que, sem o veto, as despesas da União, estados e municípios poderão aumentar R$ 98 bilhões, impulsionando o endividamento do país.

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Bruna Pinheiro
Bruna PinheiroInternacionalista. Escrevo hoje sobre política, economia, filmes e séries. Adoro viajar e comer (não necessariamente nessa ordem). Segue lá @bpinheiro1
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