Taxa de homicídios cresce 6% no Brasil, mesmo com a pandemia
A taxa de homicídios no Brasil teve um acréscimo de 6% no primeiro semestre, segundo informações divulgadas pelo Índice Nacional de Homicídios do G1. Foram 22.680 mortes violentas nos primeiros seis meses do ano, 1.323 a mais do que os 21.357 registrados em 2019.
Especialistas da área de segurança mantêm ma preocupação grande com os dados, obtidos em meio à pandemia da Covid-19, quando os índices teriam chances de diminuir devido à aplicação de medidas relacionadas a quarentena, isolamento e distanciamento social, o que por si só já colocaria menos pessoas nas ruas.
Entretanto, muitas destas mortes podem estar atreladas a confrontos específicos entre facções criminosas, além de casos de vingança, execuções da milícia, e violência doméstica. O acréscimo frustra os recentes recordes de baixas registrados em 2018 e 2019. No ano passado a queda chegou a 19%.
A região Nordeste foi a mais afetada pelo acréscimo da violência com resultados fatais, com 22,4% de alta, enquanto outras regiões, como a Norte e Centro-oeste, apresentam quedas de 13,8% e 10,4%, respectivamente. No Sul, houve 1,7 de crescimento nos assassinatos, e no Sudeste, os valores se mantiveram estáveis.
No âmbito político, discute-se a relação do acréscimo nas taxas de homicídios com a "separação" entre Sérgio Moro e o presidente Jair Bolsonaro, que a cada novo ciclo do mandato mostra que a segurança pública está entre seus pontos secundários de prioridade no governo, que dialoga constantemente sobre a economia.